Quatro morreram após tentativas de assalto em menos de dois meses
O crime de latrocínio (roubo seguido de morte) prevê pena de até 30 anos de prisão
Em menos de dois meses, quatro mortes foram registradas em tentativas de assalto em Campo Grande. Na tarde de ontem (26), Jean Kaio da Costa Oliveira, 17 anos, foi baleado com tiro no peito ao se negar a entregar o celular. A vítima foi socorrida à Santa Casa, onde morreu minutos depois. O fato foi na Rua Cláudio Coutinho, no Bairro Campo Nobre, em frente à Casa de Carne Dois Irmãos. O crime de latrocínio (roubo seguido de morte) prevê pena de até 30 anos de prisão.
Horas depois, na madrugada desta quarta-feira (27), uma mulher de 27 anos foi baleada no pé também durante tentativa de roubo, em frente a uma conveniência, na Rua Antônio de Morais Ribeiro, na Vila Marli.
A vítima estava com o namorado, quando foi surpreendida pelo criminoso. Ela também não quis entregar o celular e acabou atingida por um tiro. A mulher foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros à Santa Casa, onde continua internada. O estado de saúde dela é estável. O assaltante está foragido. Usados como produto de troca para traficantes, celulares são muito visados pelos bandidos.
No dia 12 deste mês, o militar da Aeronáutica Rafael Lucas Soares, 23 anos, foi atingido com dois tiros ao reagir a roubo, na Rua Bacabá, no Bairro Coophatrabalho. O assaltante João Victor Gomes Costa, 20 anos, foi preso horas depois no Aero Rancho.
No dia 7 do mês passado, o auxiliar de pedreiro Antônio Marcos Rodrigues de Souza, 34 anos, foi morto com um golpe de faca no pescoço ao tentar ajudar uma adolescente vítima de assalto. O fato foi por volta das 6h30, na Avenida Mato Grosso com a Rua dos Ferroviários, na região central de Campo Grande. O autor pelo crime, Alexandre Moreira de Moraes, 23 anos, foi preso no mesmo dia por equipes da Polícia Militar.
Dezoito dias depois, na noite do dia 25, o comerciante Fernando Alle dos Santos, de 53 anos, foi assassinado durante assalto em sua conveniência, no cruzamento das ruas Assunção com a Campo Belo, na Vila Morumbi. Os dois suspeitos chegaram a pé, entraram na conveniência e anunciaram o assalto.
Com arma em punho, um dos bandidos abordou Fernando e um funcionário que estavam no estabelecimento. Segundo as testemunhas, depois de atirar em Fernando, os autores pegaram todo o dinheiro do caixa e ainda pararam para roubar dois clientes que estavam no local, levando carteiras e celulares. Os ladrões ainda não foram presos.
Em fevereiro deste ano, em Sidrolândia, distante 71 quilômetros da Capital, comerciante Paulo César Buchanelli, 47 anos, foi morto com tiro no peito, na porta do Banco do Brasil, na Rua Rio Grande do Norte, no Centro. Os dois suspeitos pelo crime foram presos dias depois.