"Racismo", acusa jovem que diz ter sido abordado e revistado por policial em rua
Luiz conta que caminhava por bairro quando foi seguido e obrigado a passar por revista pessoal
Uma abordagem policial levou Luiz Pedro Anderson, 27 anos, do susto à indignação: “Foi racismo. Não tinha motivo para me confundir com um bandido”.
Morador no Rio de Janeiro e de passagem por Campo Grande, onde veio visitar a família, Luiz conta que foi a um restaurante na tarde deste sábado (dia 4) e caminhava pela Chácara Cachoeira, levando um marmitex nas mãos.
“Numa esquina, um homem veio me abordando, me mandado para parede e já apontado a arma. Tirei uma foto e continuei andando, se fosse um bandido, que atirasse”.
O homem continuou seguindo Luiz com o carro e o restante da história é mostrado em vídeo de câmeras de segurança. O policial desce com a arma em punho, obriga o digital influencer a encostar-se ao muro e faz a revista pessoal.
Luiz conta que o homem disse se policial e pediu desculpas. Então, ele exigiu que o profissional da segurança pública mostrasse sua carteira funcional. O digital influencer anotou o nome do policial para formalizar ocorrência, mas não quis divulgar para a reportagem.
“Foi racismo. Não tem outra motivação. Eu estava bem vestido, com roupa cara. Tênis Schutz, calça da Diesel. Eu tenho uma voz e decidi falar”, afirma. Luiz, que é DJ e cantor, vai voltar ao Rio de Janeiro e será representado pelo advogado Jorge Felipe Fernandes.
“O que assusta é o modus operandi desse indivíduo que se identifica como policial. Porque ele não está identificado, não está em viatura e desde o automóvel vem apontando a arma. Empunhando arma na via pública contra uma pessoa que estava empunhando uma marmitex. Foi constrangido sem indícios mínimos de que estivesse gerando ameaça à segurança pública”.
A reportagem não conseguiu contato com a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) neste sábado.