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Capital

"Rei da Fronteira" terá de corrigir problema metabólico antes de cirurgia

Fahd Jamil está em hospital desde quinta-feira para angioplastia em veia que leva sangue ao cérebro

Marta Ferreira | 28/05/2021 13:28
Equipe do Choque faz escolta de Fahd Jamil no hospital onde ele está internado em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Equipe do Choque faz escolta de Fahd Jamil no hospital onde ele está internado em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Internado em hospital particular desde essa quinta-feira (27) para cirurgia cardíaca classificada como de urgência o réu na operação Omertá Fahd Jamil Georges, 79 anos, ainda não foi submetido ao procedimento. Primeiro, a equipe médica terá de fazer correção nos índices de sódio no sangue identificados pelos exames.

Por causa da presença de Fahd, equipes da Polícia Militar estão fazendo plantão no hospital.

Segundo apurado, Fahd foi diagnostifcado como hiponatrenia, quando há mais sódio no corpo do que o normal, justamente em decorrência do quadro clínico do paciente, que apresentou placas de gordura e cálcio na veia carótida direita. Por causa disso, existe risco de sofrer acidentes vasculares cerebrais e outras complicações graves.

Só depois que  os exames indicarem níveis satisfatórios de sódio, a intervenção cirúrgica será feita. Conforme a investigação jornalística do Campo Grande News descobriu, “Fuad” será submetido a uma angioplastia.

O procedimento consiste, em linguagem leiga, em desobstruir a passagem de sangue, que fica estreita por causa das placas que se juntam na parede da veia. A carótida leva o sangue para o cérebro. Obstruções podem provocar consequências de prognóstico difícil, como a ida de pequenos coágulos para o cérebro.

Nesse tipo de cirurgia, a correção do problema pode exigir colocação de stents, uma pequena peça de material metálico cirúrgico, para assegurar a passagem normal do fluído corporal.

O acesso à carótida é feito na coxa do paciente, por meio da veia femural. Normalmente, quem se submete ao procedimento fica em ambiente de UTI até o médico entender que não corre mais risco.

É uma operação considerada delicada, mas com índices de êxito grandes.

Por enquanto, segundo a reportagem levantou, Fahd está no quarto, recebendo o tratamento para estabilizar os níveis de sódio.

Segurança - Do lado de fora do hospital, equipes da Polícia Militar, incluindo Batalhão de Choque, seguem fazendo a segurança.

Réu por chefiar milícia armada dedicada a eliminar desafetos, Fahd Jamil é considero preso de situação delicada. Há registros de ameaça do PCC (Primeiro Comando da Capital) à família dele.

Conhecido por décadas como “Rei da Fronteira”, ele está preso desde 19 de abril, quando se entregou ao Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros). Tinha ficado foragido por quase um ano.

A defesa aguarda definição do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, sobre pedido de prisão domiciliar. Para embasar a decisão, foi soliciada perícia pédica oficial, para a qual foram feitos mais de 20 exames, entre eles o que descobriu a necessidade de cirurgia cardíaca.



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