Justiça autoriza saída de Fahd Jamil para cirurgia de urgência no coração
Laudos médicos diagnosticaram o "Rei da Fronteira" com estreitamento dos vasos artérias
A justiça autorizou a saída de Fahd Jamil da cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) para ser submetido a cirurgia de urgência no coração. A decisão foi assinada pelo juiz da 1 ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho, nesta quarta-feira (26).
Conforme a reportagem apurou, a descoberta da necessidade do procedimento cirúrgico foi feita durante os exames complementares solicitados pelo perito oficial, para elaboração de laudo sobre as condições de saúde de “Fuad” que servirão de embasamento para decisão do pedido para cumprimento da prisão preventiva em ambiente domiciliar.
Os exames constataram que o réu apresenta “doença arterial obstrutiva periférica”, alteração causada pela obstrução ou estreitamento dos vasos artérias. Ao indicar a cirurgia de urgência, o médico Alex Kanomata levou em consideração o “estado de estresse” do paciente.
“Considerando história clínica, as condições atuais do paciente, estando em situação de stress com possibilidade de alterações extremas de pressão arterial, exame físico e de imagens, está indicado correção cirúrgica (endarterectomia carotídea ou angioplastia com stent) de urgência, a fim de evitar acidente vascular isquêmico cerebral, este com risco de ocorrência de 10-20% em situações normais”.
O médico que assina o laudo ainda afirma que “Fuad” ainda apresenta perda de memória recente e alterações comportamentais compatíveis com depressão e ansiedade, apesar de estar lúcido e consciente.
Assim que a cirurgia foi autorizada, a defesa de Fahd comunicou a necessidade de transferência do cliente para um hospital com capacidade para atender as necessidades cirúrgicas, o que deve ser feito nos próximos dias. Para garantir a segurança do réu, a unidade hospitalar não foi divulgada.
Na cela do Garras, o réu recebe acompanhamento diário de um enfermeira, para auxílio na medicação e nos tratamentos de saúde e dorme em um colchão levado pela a família.
Fahd Jamil ficou foragido por 10 meses, depois de ter a prisão preventiva expedida a pedido da força-tarefa responsável pela Omertà, responsável por investigar o crime organizado em Mato Grosso do Sul desde 2019. Ele é réu em quatro ações, por chefiar espécie de escritório de pistolagem, dedicado a eliminar desafetos pessoais e em negócios escusos.