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Capital

Laudo para decisão sobre "destino" de Fahd só sai semana que vem

Até lá, homem acusado de chefiar organização criminosa na fronteira com o Paraguai fica preso no Garras

Marta Ferreira | 23/04/2021 19:49
Fahd Jamil, abaixo no vídeo, durante a audiência de custódia. Acima, á direita, o juiz Roberto Ferreira Filho e à esquerda o advogado André Borges. (Foto: Reprodução de vídeo)
Fahd Jamil, abaixo no vídeo, durante a audiência de custódia. Acima, á direita, o juiz Roberto Ferreira Filho e à esquerda o advogado André Borges. (Foto: Reprodução de vídeo)

Preso desde segunda-feira (19), em cela do Garras (Delegacia Especial de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Fahd Jamil Georges, 79 anos, passa o fim de semana lá, e não deve ter novidades sobre seu pedido de prisão domiciliar até o fim da próxima semana.

 A decisão vai depender de laudo sobre o estado de saúde dele, delicado segundo os advogados, a ser elaborado por perito oficial. O prazo para isso foi estabelecido em 5 dias, a metade do rotineiro, durante audiência de custódia realizada na terça-feira (20), quando o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal, manteve a prisão preventiva até ter em mãos avaliação das condições de saúde do réu.

 Segundo a reportagem apurou, esse prazo vale depois da chegada da solicitação ao Imol (Instituto de Medicina e Odongologia) legal, responsável por esses procedimentos. Isso não havia ocorrido até esta tarde.

 Na audiência de custódia, o juiz estipulou esse prazo para o laudo, em acordo com os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e com quatro advogados representando Fahd Jamil. A sessão foi por videoconferência.

 Em busca de uma cela - Ficou acertado que, se não houver laudo nesse prazo, o magistrado tomará decisão de toda forma. Por isso mesmo, foi enviado ofício à Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), questionando a unidade prisional com capacidade para alojar o preso.

 “O Rei da Fronteira”, alcunha de Fahd Jamil durante décadas, é réu em três ações, todas por chefiar milícia armada atuante em Ponta Porã, especializada em eliminar desafetos, em “consórcio” com organização do mesmo tipo em Campo Grande, sob comando do compadre dele, Jamil Name, 80 anos, que está atrás das grades desde setembro de 2019.

 Os advogados dele afirmam que o acusado tem apenas um pulmão, no outro tem capacidade de 30%, além de ter diabetes, hipertensão e problemas na coluna causadores de dores fortes.

 No Garras, Fahd dorme em colchão levado pela família, colocado no piso da cela. Só ele está na delegacia, onde a segurança foi reforçada.

Existe, além da alegação da saúde frágil, a queixa de recebimento de ameaças por parte do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa dominante nos presídios do Estado.

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