Fahd passou por 20 exames em pedido de prisão domiciliar
Os testes foram exigidos por perito do Imol, que com os resultados nas mãos tem 5 dias para emitir laudo
Preso no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) desde 19 de abril, Fahd Jamil, que ficou conhecido como o “Rei da Fronteira”, deixou cela na semana passada para passar por 20 exames, de imagem e laboratoriais. Os testes foram exigidos por perito do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para a conclusão de laudo que apontará se o réu da Operação Omertà tem saúde para ficar preso ou não.
A defesa de “Fuad” tenta desde antes do cliente se entregar à polícia a troca da prisão preventiva em cadeia comum pela domiciliar. A principal alegação dos advogados é que Jamil tem 79 anos e é portador de doença pulmonar grave, respira com apenas 30% da capacidade de um pulmão, já que não tem o outro, retirado em razão de câncer.
O Campo Grande News apurou que para justificar o pedido, a defesa usou seis atestados de médicos diferentes. O responsável pela perícia judicial entendeu que seriam necessários exames completares uma vez que nenhum dos pareceres anexados ao processo era recente.
“Fuad” passou então por tomografias, ultrassom, ressonância, holter (que monitora o ritmo cardíaco com 24 horas), econocardiograma e outros testes que verificam a pressão arterial e as condições dos pulmões, além das análises laboratoriais de sangue. Com os dados nas mãos, profissional do Imol terá 5 dias úteis para concluir a perícia médica.
A partir daí, o magistrado da 1ª Vara Criminal vai decidir se acata o pedido de prisão domiciliar. Além da saúde frágil, a defesa do “Rei da Fronteira” também alega que ele está sendo ameaçado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) e por isso não poderia ir para o sistema prisional.
Fahd Jamil ficou foragido por 10 meses, de junho do ano passado até o dia 19 de meio. É réu em três ações derivadas da Omertà, como chefe de organização criminosa que traficava armas, corrompia agentes públicos e matava pessoas para manter negócios escusos, segundo a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).