Ex-chefe da “Liga da Justiça”, miliciano fala no dia 24 à operação Omertà
Toni Ângelo foi arrolado pela defesa de Jamil Name Filho, réu por homicídio
Ex-chefe da “Liga da Justiça”, Toni Ângelo Souza Aguiar será ouvido em processo da operação Omertà no próximo dia 24. Ele foi arrolado como testemunha pela defesa de Jamil Name Filho, um dos sete réus pela morte de Ilson Martins Figueiredo, que foi executado em 11 de junho de 2018. O processo tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
Atualmente preso no Rio de Janeiro, o ex-policial militar Toni Ângelo também passou pela penitenciária federal de Mossoró (Rio Grande do Norte), onde está Jamil Name Filho. O miliciano acumula pena superior a cem anos. Em 2019, foi condenado a 80 anos pela morte de duas pessoas (um policial e a esposa) e tentativa de homicídio contra outro PM.
A Liga da Justiça tinha como logomarca o morcego do Batman e foi responsáveis por extorsões e assassinatos no Rio de Janeiro.
No último dia 26 de abril, a defesa de Name Filho anexou pedido insistindo no depoimento de Toni Ângelo e informou que, atualmente, ele cumpre pena no presídio Laércio da Costa Pellegrini, conhecido como Bangu I. O juiz Aluízio Pereira dos Santos agendou a videoconferência no dia 24, a partir das 9h, somente para ouvir Toni Ângelo. As demais testemunhas de defesa serão ouvidas no dia 20.
“Considerando-se, conforme descrito na mencionada certidão, que as audiências para o corrente ano, no aludido Complexo Penitenciário, são realizadas apenas às segundas-feiras, impossibilitando-se, assim, sua oitiva na mesma data em que designada a próxima audiência nestes autos”, informa o magistrado na decisão. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Jamil Name Filho.
Execução – Sargento aposentado da PM, Ilson Martins Figueiredo, 69 anos, foi fuzilado na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. Seu veículo foi interceptado por uma picape Fiat Toro, que depois foi encontrada incendiada. Foram disparados mais de 30 tiros de fuzil AK-47.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou Fahd Jamil (mais conhecido como Rei da Fronteira), Flávio Correia Jamil Georges (filho de Fahd), Melciades Aldana, Jamil Name, Jamil Name Filho, Juanil Miranda Lima e Marcelo Rios pelo crime.