Reordenamento viário para mudar o trânsito causa muita polêmica
O reordenamento viário divide opiniões no bairro São Francisco e Vila Célia, em Campo Grande. As alterações que transformaram ruas em mão única e retiraram rotatórias começaram em 22 de julho.
Ponto já alterado pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), o cruzamento da Abrão Júlio Rahe com a 13 de Junho ganha elogio de morador e reclamação de comerciante. As duas vias eram de mão dupla, confluindo em uma rotatória. Com sentido único, a Abrão Júlio Rahe ganhou placa de Pare, enquanto quem sobe pela 13 de Junho pisa fundo no acelerador.
“Ficou rápido demais e nem faixa de pedestre tem”, afirma a comerciante llza Rosa da Silva Carvalho, 48 anos. E, para ela, os problemas não param por aí. “Teve redução de 20% no movimento”, diz. Ela culpa a restrição de acesso para a queda de clientes no Frango na Brasa Capital, localizado próximo ao cruzamento.
“Piorou. Tem que andar mais para chegar”, reclama o construtor Jânio Lira, 54 anos. Ele conta que para ir à escola do filho, precisa percorrer três quadras a mais após a nova configuração do trânsito.
Para a professora Maria Lúcia Néris da Silva, 50 anos, a retirada da rotatória trouxe mais segurança e acabou com o congestionamento. “Melhorou muito. Era uma dificuldade muito grande com a rotatória. Bati o carro duas vezes saindo da garagem. Agora, ficou ótimo”, diz.
Na esquina da Abrão Júlio Rahe com a 13 de Junho, a confusão ocorre quando quem vem pela primeira rua tenta fazer a conversão à direita, o que agora é proibido.
Já na esquina das ruas Pernambuco e Padre João Crippa, via que virou mão única, o trânsito é menos confuso. Segundo Joel Xavier de Oliveira, 63 anos, que tem uma banca perto do cruzamento, a intervenção ajudou a distribuir o fluxo. “Melhorou bastante o fluxo de carro. Sempre tinha um acidentezinho, deu uma melhorada. Está mais seguro”, avalia.