Réu por esquartejar homem no “tribunal do crime” vai a júri nesta terça-feira
Adriano de Lima é um dos três homens que irão a julgamento pela morte de Alex Mohd Jaber
Réu por envolvimento na execução de Alex Mohd Jaber, a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital) Adriano de Lima será levado à julgamento, nesta terça-feira (1º) em Campo Grande. O início da sessão está marcado para às 08h no plenário do 1º Tribunal do Júri. Adriano está preso no complexo do Estabelecimento Penal Jair Ferreira De Carvalho, no Jardim Noroeste.
Alex foi esquartejado e parte de seu corpo foi encontrada no dia 10 de janeiro de 2019, em um córrego da Capital. Seis envolvidos na execução foram identificados pela polícia, mas só três foram considerados suspeitos pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que determinou os julgamentos em abril do ano passado. Além de
Adriano, Carlos Eduardo da Cruz Feniano e Jean Albert da Silva Jara Lemes também foram denunciados pelos crime e estão presos. Eles foram pronunciados pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, cárcere privado, ocultação de cadáver e organização criminosa.
Crime brutal - Adriano foi um dos responsáveis por sequestrar a vítima e levá-la para a primeira casa usada como cativeiro, o “barraco do Vô”, localizado na Favela B13, no Jardim Noroeste. Conforme apurado pela polícia, Alex tinha uma dívida com Adriano e por isso foi levado para ser submetido ao "tribunal do crime". Os suspeitos descobriram ainda que além de vender droga para a facção paulista e não conseguir pagar as porções que pegou com os líderes, ele também comercializava o entorpecentes para o Comando Vermelho.
Alex foi esfaqueado cinco vezes no pescoço. Depois foi esquartejado. Em seguida o corpo foi colocado em sacos de lixo e jogado em um tubo de captação de água, na BR-262, próximo ao Condomínio Terras do Golfe.
No dia 10 de janeiro, o corpo de Alex foi encontrado no córrego Guariroba, preso em alguns galhos às margens, por dois banhistas. Na época, militares do Corpo de Bombeiros foram chamados e só perceberam que a vítima estava mutilada ao retirarem ela da água. Ela estava com as duas pernas amputadas, na altura do joelho e sem o tronco.