Réus por matarem mecânico com 12 tiros são condenados a 25 anos de prisão
Marcus Vinícius e Reginaldo Luciano poderão recorrer da sentença em liberdade
Por maioria dos votos dos jurados, Marcus Vinícius da Costa Ruiz, 27 anos, e Reginaldo Luciano Cavalheiro, 35 anos, foram condenados pela morte de Diego Eufrásio da Silva, assassinado com 12 tiros após briga, em 2016. Juntas, as penas chegam a 25 anos.
Marcus Vinícius foi condenado 12 anos de prisão em regime fechado e Reginaldo Luciano foi sentenciado a 13 anos. O primeiro teve 1 ano a menos de pena porque não tinha antecedentes criminais. Os dois poderão, contudo, recorrer da setença em liberdade.
O corpo de jurados considerou que os dois foram autores dos disparos que causaram a morte de Diego da Silva. A contagem dos votos dos 7 jurados não chegou a ser feita até o fim, já que o quesito "sim" alcançou 4 votos, sendo maioria.
No julgamento hoje, Marcus Vinícius disse ter se arrependido do crime e agiu em momento de raiva, pois acreditava que Diego teria matado seu amigo momentos antes, em uma festa. No depoimento, livrou o amigo dos tiros, dizendo que ele foi autor dos disparos.
Crime – A morte aconteceu no dia 8 de outubro de 2016, na Avenida Duque de Caxias, no bairro Santo Antônio.
Na denúncia, consta que Diego estava em uma festa de som automotivo na Chácara Porteira Branca, no bairro Santa Emília e teria discutido com Fabiano Sobral do Nascimento, 27 anos. Por causa briga, segundo inquérito, Diego teria atirado em Fabiano. Depois disso, foi para posto de gasolina com amigos para beber.
Fabiano foi levado ao hospital pelos amigos, Marcus e Reginaldo. Depois do atendimento médico, os amigos saíram em busca de Diego e o encontraram no posto da avenida Duque de Caxias.
Segundo a denúncia, Marcus e Reginaldo fizeram vários disparos contra Diego, que morreu no local. Foram mais de 20 tiros e, conforme laudo pericial, foram 12 tiros que atingiram a vítima na cabeça, pescoço, virilha, braço e tórax. Outros disparos feriram outras pessoas que estavam no posto e carros estacionados no local.
Fabiano chegou a ser denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) como mandante, mas a Justiça considerou que não havia elementos suficientes para comprovar a tese e ele foi retirado da denúncia.
Hoje de manhã, a família de Diego organizou protesto silencioso pedindo que o crime não ficasse impune.