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Capital

Mecânico morto com 15 tiros em posto cumpria pena por porte ilegal de arma

Luana Rodrigues | 13/10/2016 12:07
Diego Eufrázio da Silva morreu após ser atingido por, pelo menos, 15 tiros. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Diego Eufrázio da Silva morreu após ser atingido por, pelo menos, 15 tiros. (Foto: Reprodução/ Facebook)

Morto com pelo menos 15 tiros na madrugada do último sábado (8) na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, Diego Eufrásio da Silva, de 25 anos, cumpria pena desde julho de 2015, por porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com relatório de processo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o crime ocorreu no dia 14 de setembro de 2011. Na época, Diego foi flagrado transportando um revólver calibre 38 da marca Smith Welson, com cinco munições intactas, escondida sob o carpete do porta-malas de seu carro.

Diego foi julgado e em 31 de julho de 2015 acabou condenado pelo crime a três anos de reclusão em regime aberto e multa de 1/30 do salário mínimo.

A defesa de Diego chegou a entrar com recurso para que a pena foi revista, mas a apelação ainda não havia sido julgado.

Fora da lei - O regime aberto, por sua vez, é imposto a todo réu condenado a até quatro anos de prisão, desde que não reincidente. Nesse regime, a pena é cumprida em casa de albergado ou, na falta deste, em estabelecimento adequado, como, por exemplo, a residência do réu.

O condenado é autorizado a deixar o local durante o dia, devendo retornar à noite, portanto, Diego deveria estar quando acabou morto.

Caso - O mecânico havia saído de uma festa com os amigos e de acordo com informações de um primo dele, que se identificou apenas como Raul, Diego apresentou comportamento estranho e saiu várias vezes do local.

Pouco tempo depois de chegarem ao posto de combustíveis, por volta das 6h, um homem desceu de um Honda Civic e efetuou 20 disparos, 15 contra Diego. Outras três pessoas também foram atingidas e socorridas. Um deles foi baleado na perna.

A Polícia trabalha com a possibilidade de que Diego tenha se envolvido em alguma briga em uma festa onde estava antes do crime, realizada em uma chácara no bairro São Conrado. Para concluir se Diego também estava armado e se chegou a efetuar algum disparo durante festa, serão feitos exames necroscópico e residuográfico.

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