ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Revoltada, família descobre troca de corpo em velório na Capital

Funerária se desculpou pelo ocorrido e diz que prestou toda a assistência imediatamente

Paula Maciulevicius Brasil | 02/07/2021 12:35


As imagens acima mostram o momento em que funcionários da funerária retiram o caixão trocado que chegou à capela do cemitério Memorial Park, na Capital. Às 7h30 da manhã estava marcado o velório de dona Izaura Santos da Conceição, de 72 anos. No entanto, quando o caixão foi aberto, os familiares perceberam que o corpo era de outra pessoa.

Izaura morreu por complicações da covid-19 e como já havia passado o tempo de contágio, haveria velório e o caixão poderia ser aberto.

"Foi minha prima que reconheceu que não era ela. Todo mundo ficou revoltado. Olha o transtorno? Imagina a situação, você já está sofrendo e aí vê que não é a sua mãe ali, é outra pessoa com a roupa dela, as flores escolhidas pra ela", descreve a dona de casa Roseane dos Santos Rocha, de 40 anos, sobrinha de dona Izaura.

De imediato, a família informou o escritório da funerária que fica dentro do cemitério. Os familiares precisaram sair da Vila Ipiranga e ir até a Avenida Bandeirantes para reconhecer o corpo certo.

"Chegamos lá e ela estava com a roupa da outra mulher, arrumada com as flores que não eram dela", conta a sobrinha.

O velório que começaria às 7h30 atrasou e só iniciou quando o corpo de Izaura chegou ao cemitério, por volta das 10h50. O enterro será logo mais, a partir das 12h50.

Revoltada, a família já acionou os advogados para entrar na justiça contra a funerária. "Um desrespeito muito grande com a gente e com a outra família também", resume a sobrinha.

O Campo Grande News entrou em contato com a funerária responsável pelo velório por telefone. O diretor Ramser Ferreira explicou passo a passo o que aconteceu. Além de se desculpar com a família, a funerária trouxe em pouco mais de 1h o corpo de dona Izaura ao cemitério.

"Não houve troca de urna, não houve troca de corpo", enfatiza o diretor. Por conta das restrições impostas pela covid-19, os familiares não podem mais reconhecer o corpo nem fazer o check-list de urna e decoração ainda na funerária.

Ontem, tanto o corpo de Izaura como da outra senhora, chegaram juntos à funerária. Cada uma vindo de um hospital. Por se parecerem fisicamente e terem idades semelhantes, o funcionário confundiu as roupas.

"Nosso volume, infelizmente, está num número muito acima do normal e nós vamos preparando os corpos conforme a chegada. As duas chegaram e por coincidência tinham aparências iguais e com a mesma idade. Nós só conseguimos identificar pela roupa e o funcionário que trabalha conosco, infelizmente, pegou a roupa de uma e colocou na outra", justifica.

A conferência não foi possível de ser feita na funerária, então os familiares reconheceram no momento em que o caixão chegou ao velório e foi aberto. "Não chegou a ser uma troca, até porque não tinha começado o outro velório. É um constrangimento, é uma dor, e em 40 anos de serviços em Campo Grande nunca havia acontecido isso na nossa gestão", relata Ramser.

O diretor enfatiza que houve erro sim, mas que de imediato prestaram toda a assistência para a família.

Nos siga no Google Notícias