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Capital

Rodoviária reabre sem movimento e com maioria das empresas fechada

Há apenas uma porta aberta para passageiros entrarem, com medidor de temperaturas e vigilância sanitária fiscalizando

Izabela Sanchez e Danielle Errobidarte | 25/04/2020 08:26
Caminho livre para entrar na Rodoviárias, sem muitos ônibus disponíveis (Foto: Henrique Kawaminami)
Caminho livre para entrar na Rodoviárias, sem muitos ônibus disponíveis (Foto: Henrique Kawaminami)

A rodoviária de Campo Grande retoma as atividades neste sábado (25) para viagens dentro de Mato Grosso do Sul, mas no início da manhã, o movimento é baixo e a maioria dos guichês das empresas está fechada. Há apenas uma porta aberta para entrada de passageiros no saguão, com medidor de temperatura.

Quase ninguém foi visto caminhando por ali, mas equipe da vigilância sanitária acompanhada por fiscais e pelo titular da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) fiscalizam os poucos guichês abertos e acompanham o movimento.


Mãe e filho caminham em saguão vazio em direção à área de desembarque (Foto: Henrique Kawaminami)
Mãe e filho caminham em saguão vazio em direção à área de desembarque (Foto: Henrique Kawaminami)

Nas empresas, agentes de viagens cuidam de mais de um guichê e relatam alta procura, mas as linhas estão reduzidas. Há, inclusive, procura por viagens fora de Mato Grosso do Sul e gente que espera familiares chegarem de outro estado, ainda que as viagens para fora de Mato Grosso do Sul estejam, por enquanto, proibidas.

Giovani de Moura, 40, é agente de viagens e nesta manhã estava responsável pela Umuarama e Viatur. Na primeira, com viagem marcada às 13h30 com destino à região leste - Ribas do Rio Pardo, Água Clara e Três Lagoas -, ele ainda não sabe se terá ônibus saindo da garagem. Há outra viagem marcada para às 19h, segundo o agente.


Uma porta aberta e medidor de temperatura para ter acesso ao saguão (Foto: Henrique Kawaminami)
Uma porta aberta e medidor de temperatura para ter acesso ao saguão (Foto: Henrique Kawaminami)

A empresa trabalha com destinos como Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Dourados, Caarapó e Juti. Até às 8h, ninguém havia desembarcado. O funcionário ainda declarou que as viagens para outros estados voltam no dia 28 e que, inclusive, já está vendendo passagens.

Alvo de protesto de funcionários que acamparam na garagem contra meses de salários atrasados, garantia de que os ônibus não saíssem, a São Luis estava fechada no início da manhã.

Luis Eduardo Costa comentou que o retorno das viagens para fora do estado no dia 28 "não é oficial". Sobre o movimento nesta manhã, o secretário afirma que outros guichês devem abrir ao longo do dia.

Na Queiroz, a agente de viagens Neuene Silva Moura, 46, disse que há uma viagem marcada para Coronel Sapucaia, região de fronteira, às 11, e que há, ainda, viagens agendadas para um assentamento às 6h30 e às 15h. "A procura está alta", disse ela.

Agentes da Semadur também fiscalizam e delimitam o espaço segundo as regras estabelecidas pela Prefeitura (Foto: Henrique Kawaminami)
Agentes da Semadur também fiscalizam e delimitam o espaço segundo as regras estabelecidas pela Prefeitura (Foto: Henrique Kawaminami)

Na empresa Nobre, mesmo sem data de retorno confirmada para destinos fora do estado como Lins (SP) e Goiânia,  a agente Jamira Alves, 35,  já disse vender muitas passagens. A procura é tanta que a empresa está abrindo canal para tirar dúvidas. "Estão tendo muitas ligações perguntando".

Apesar da fiscalização da distância entre clientes e guichês, a equipe da vigilância municipal não pode fiscalizar o interior dos ônibus. Segundo a auditora Larisa dos Santos Pereira, 32, o motivo é que a ação invade competência da vigilância estadual.

Quem vai ficar mais um tempo em Campo Grande é o professor Miguel da Silva Correia, 60. Ele veio para ministrar aulas, mas vive em São Paulo e tenta voltar para lá há 1 mês. Ele disse não ter família "e ninguém" na cidade.


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