Rotina em hospital incentiva funcionários a criar rede de doação de sangue

Rotina em hospital incentivou funcionários da Santa Casa de Campo Grande a criarem uma rede de doação de sangue. A ação é fruto da empatia com os pacientes atendidos na unidade e da consciência sobre a dificuldade em conseguir as bolsas. Essa é a quarta vez que servidores se reuniram no Hemosul para realizar a doação, que acontece sempre em feriados prolongados.

Leice dos Santos, de 34 anos, trabalha na portaria do pronto-socorro. Ela conta que é a segunda vez que doa e que começou por causa da ação. Para ela, a conscientização começa dentro do hospital. “A gente entra aqui, e a gente vê a situação das pessoas. Doar ajuda bastante”.

A servente de lavanderia Edimara Leite trabalha na unidade há quase 1 ano. Essa é a primeira vez que realiza a doação. A justificativa para a ação tardia foi a falta de oportunidade de ir até o local.

“Sempre tive curiosidade e vontade, mas não tinha oportunidade de vir. Trabalhando no hospital a gente vê quanto as pessoas precisam disso. É muito bom saber que vai ajudar as pessoas, que é muita emoção e me sinto feliz”. Ela também foi incentivada pela campanha dos funcionários.

Coordenador de facilities do hospital (equipe de apoio), Alessandro Junqueira explica que a ideia surgiu de uma colaboradora chamada Elaine Bueno e logo a iniciativa tomou forma. O número, segundo ele, disparou após implementação.

“Com esse evento com certeza duplicou, triplicou a quantidade de pessoas que fazem a doação. A gente trabalha com a saúde, então a gente vê as dificuldades, a gente vê as pessoas ali em estado grave, precisando realmente. Quando a gente está fora do hospital, a gente não tem essa percepção. Só quando tem algum familiar específico, algum amigo.”

Alir Terra Lima, presidente da Santa Casa de Campo Grande, acrescenta que a campanha engloba todos os setores, incluindo a lavanderia, portaria, área de cozinha, higienização e banco de leite. Ele explica que as bolsas são destinadas ao abastecimento interno do hospital.

“Tendo em vista esse feriado, há uma demanda muito grande, por conta de acidentes, e isso é próprio de um feriado prolongado e também de um período de festas como Carnaval. Então a Santa Casa, ela tem um limite de guarda no banco de bolsa de sangue, porque essas bolsas vêm do Hemosul, mas a gente tem um limite aqui. Então a nossa área interna dos nossos colaboradores, eles estão suprindo essa área interna da Santa Casa, caso seja necessário nós estamos preparados para atender a população.”

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