Salute desiste e prefeitura contrata 12 empresas para fornecer merenda
Alvo de denúncias, a Salute desistiu de licitação e a Prefeitura de Campo Grande começou a contratar, nesta semana, outras empresas para fornecer alimentos às escolas e aos Ceinfs (Centro de Educação Infantil). Na segunda-feira (4), foi divulgada, no Diário Oficial do Município, duas parcerias na ordem de R$ 3.519.181,00. No total, foram fechados 12 contratos, totalizando investimento de pouco mais de R$ 20,78 milhões.
As primeiras parcerias a se tornarem públicas foram com a Empresa I. A. Campagna Junior & Cia Ltda, no valor de R$ 311.589,20, e com Comercial T&C Ltda, na ordem de R$ 3.207.591,80. Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Thais Helena, os contratos divulgados preveem o fornecimento de alimentos aos Ceinfs.
As duas empresas, porém, também vão destinar produtos a escolas municipais e o negócio final fechou em R$ 5.085.484,20, segundo a secretária adiantou ao Campo Grande News. Das 12 empresas, a T&C, inclusive, foi a que firmou maior parceria, no montante de R$ 4.761.155,00. No total, a administração municipal abriu licitação para comprar 35 itens no período de um ano.
O segundo maior contrato, de acordo com Thais Helena, foi firmado com a Nutrir, no valor de R$ 3.544.766,96. A comercial Ignácio emplacou negócio de R$ 3.156.660,00 e a empresa Mit venderá R$ 2.441.581,12 em alimentos, enquanto a Ferreira fechou parceria na ordem de R$ 2.401.596,00.
A comercial Palladares ficou com R$ 1.687.200,00 do total da licitação. Também conseguiram emplacar a venda de alguns dos 35 itens as empresas Tavares (R$ 845.267,60), Alnutri (R$ 734.315,00), Peixoto (R$ 456.795,00), Cardoso (R$ 123.900,00) e a Cooperativa (R$ 312 mil).
“Foi uma licitação do tipo pregão por unidade e em busca do menor preço”, disse Thais Helena para explicar a escolha de mais de uma empresa para fornecer os alimentos aos Ceinfs e escolas municipais.
Polêmica – Antes de fechar as parcerias, a Salute forneceu, por quatro meses, alimentos aos Ceinfs, após fechar contrato emergencial com a prefeitura no valor de R$ 4,7 milhões. O negócio, inclusive, foi questionado por vereadores, que suspeitam de “emergência fabricada” para forçar a contratação da empresa.
O debate parou na mesa da CPI do Calote e resultou na abertura de comissão processante contra o prefeito Alcides Bernal (PP). Inicialmente, a Salute planejava disputar a nova licitação e se garantir no fornecimento dos alimentos à rede municipal de ensino. Após a polêmica, a empresa ficou de fora da disputa.