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Política

Prefeito diz que Capital economizou R$ 4,4 milhões com Salute e MegaServ

Zemil Rocha e Lidiane Kober | 23/09/2013 17:50
Santini e Bernal garantindo que não houve "fabricação" de emergência (Foto: Cleber Gellio)
Santini e Bernal garantindo que não houve "fabricação" de emergência (Foto: Cleber Gellio)

O prefeito Alcides Bernal (PP) afirmou que a contratação emergencial das empresas Salute Distribuidora de Alimentos e MegaServ geraram economia para os cofres municipais. Dados apresentados pelo procurador geral do Município, Luiz Carlos Santini, que estava na mesa composta para a entrevista coletiva sobre o relatório da CPI do Calote, fixaram essa economia em R$ 4,4 milhões.

Santini negou que tenha havido deliberados rompimentos de contratos para que fossem contratadas, emergencialmente, empresas que interessavam à administração. “Não se forjou emergência, não houve pré-fabricação”, garantiu.

Ele explicou que, no caso da limpeza nos postos de saúde, o contrato com a empresa Total terminou em maio. “A prefeitura não podia deixar os postos de saúde sem limpeza. E aí a MegaServ ganhou o pregão”. Nas contas dele, a economia com essa contratação da MegaServ foi de R$ 2 milhões se comparado com o que foi pago à empresa anterior, a Total.

A Mega Serv foi detentora até recentemente do serviço de limpeza nos postos de saúde da Capital, tendo firmado contrato emergencial com a Prefeitura de Campo Grande no valor de R$ 4,4 milhões, dia 1º de março, com vigência de 180 dias. O prazo de efetivo serviço prestado venceu em 27 de agosto.

Quanto à Salute, Santini informou que empresa que ganhou pregão desistiu em fevereiro, o que teria gerado a necessidade de se contratar outra para distribuir alimentos para as crianças dos Centros de Educação Infantil (CEINFs). Com a Salute, a economia teria chegado a R$ 2,4 milhões. A prestadora anterior, segundo o procurador, teria recebido R$ 7,19 milhões, no ano passado.

A Salute Distribuídora de Alimentos foi contratada, emergencialmente, para fornecer alimentos para os Centros de Educação Infantil (CEINFs). Apesar de a Salute só ter um capital social de R$ 50 mil, foi aquinhoada com um contrato no valor de R$ 4,3 milhões.

“Onde está emergência, onde está prejuízo para a Administração?”, questionou o procurador Luiz Carlos Santini. “Improbidade administrativa é quando tem prejuízo, mas só teve economia”, emendou.

Bernal disse que a conclusão do relator da CPI do Calote, Elizeu Dionízio, aprovada na semana passada, depõe contra os dados que constam do próprio documento. “É subestimar inteligência das pessoas”, afirmou o prefeito.

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