Samu aprova decisão que obriga hospital a aceitar paciente grave
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Campo Grande aprovou a resolução 2.110/2014, do CFM (Conselho Federal de Medicina), que proíbe os hospitais de reter macas e a recusar atendimento a pacientes graves. Pelas novas regras, publicadas ontem (19) no Diário Oficial da União, os hospitais não poderão mais alegar falta de vagas para se recusar a atender os pacientes graves encaminhados pelo Serviço.
De acordo com o coordenador do Samu, Eduardo Cury, “a resolução colabora muito com o bom funcionamento do Samu”. Ele explicou que a retenção da maca já é proibida por uma lei municipal, mas agora ficou definido que o médico, chefe de plantão, ou diretor clínico serão responsabilizados caso o hospital prenda a maca.
A partir de agora as macas também devem ser liberadas assim que o paciente der entrada no hospital, para evitar que a ambulância do Samu fique parada, sem poder atender novos chamados. Segundo Cury, a retenção de macas virou rotina hoje em Campo Grande, principalmente nos Hospitais Regional e Universitário. “Isso acontece por maldade no hospital e estratégia para não receber paciente, para não ter trabalho”, afirmou.
Para o coordenador, não faz sentido alegar a falta de leitos para reter uma maca. “A maca não tem nada a ver com leito. A maca é um dos equipamentos mais baratos do hospital”.
Além disso, de acordo com as novas regras do Conselho, o transporte de pacientes já internados, de um hospital para outro, para fazer exames, não será mais de responsabilidade do Samu. Esse serviço deverá ser feito com ambulância do próprio hospital. Com isso, as ambulâncias do Samu ficam liberadas para socorrer paciente em risco de perder a vida.