Santa Casa desmente coordenador do Samu sobre pacientes barrados devido a Huck
O presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), a Santa Casa, Wilson Levi Teslenco, desmente em nota de esclarecimento, declarações prestadas à imprensa pelo coordenador do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) na Capital, Eduardo Cury, segundo as quais o hospital teria negado atendimento a seis pacientes na manhã deste domingo (24). A fala repercutiu ou teve mais ênfase devido a toda movimentação e atendimento imediato no caso do acidente aéreo, na manhã de hoje, dos apresentadores globais Luciano Huck e Angélica, que até receberam visita do governador de MS, Reinaldo Azambuja.
Pela nota, o responsável pela Santa Casa, lamenta pela forma oportunista e midiática como o caso foi tratado pelo coordenador do SAMU, e reitera que suas portas estarão sempre abertas para atender quem quer que seja, independente de posição social e econômica. “Até o fim da tarde, 100 atendimentos foram realizados, inclusive 12 encaminhados pelo SAMU, mesmo estando esgotada a capacidade do hospital para pacientes críticos”, aponta o presidente.
Teslenco aponta ainda, que o caso se dá com relação aos seis pacientes sobre os quais o coordenador alega que tiveram atendimento recusado, mas que não foram encaminhados pela central de regulação, responsável pela área de transferência de pacientes das Unidades de Saúde. “Cabe ao regulador municipal, enquanto autoridade sanitária, decidir pela melhor assistência ao paciente. Se estes se encontram na UPA porque o regulador decidiu que diante das circunstâncias, esta unidade é o local disponível mais indicado”, explica.
Segue abaixo a nota na íntegra:
Tendo em vista declarações prestadas à imprensa pelo coordenador do SAMU segundo as quais a Santa casa teria negado atendimento a seis pacientes, a bem da verdade a diretoria da Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora do Hospital Santa Casa, presta os seguintes esclarecimentos:
Em momento algum a Santa casa negou ou recusou atendimento a qualquer pessoa que porventura tenha procurado o hospital ou encaminhada para assistência pelos entes reguladores.
Tanto isso é verdade que apenas no dia de hoje (24 de maio), até as 17h, um total de 100 atendimentos foram realizados, inclusive 12 encaminhados pelo SAMU, dois pelo Corpo de Bombeiros e seis por ambulâncias do interior, mesmo estando esgotada a capacidade do hospital para pacientes críticos dependentes de respiração artificial.
A Santa casa reitera que pacientes que necessitam de atendimento na referência exclusiva do hospital (politrauma, neurocirurgia e queimados), bem como aqueles não dependentes de respiração artificial, continuam sendo acolhidos na mais absoluta normalidade.
Os familiares do apresentador Luciano Huck, na condição de vítimas de acidente aéreo (possíveis politraumatizados não dependentes de respiração artificial), deram entrada no pronto-socorro do hospital de forma espontânea, sem nenhum encaminhamento por parte dos órgãos reguladores. Foram atendidos tal qual são atendidos todos os pacientes com esse perfil que buscam ou são encaminhados ao hospital, tendo sido inclusive atendidos pelo SUS.
Com relação à vítima do mesmo acidente que foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento, se este se encontra neste local tal decisão se de por orientação do próprio coordenador do SAMU, ou por decisão do ente regulador.
O mesmo se dá com relação aos seis pacientes sobre os quais o coordenador alega que tiveram atendimento recusado. Cabe ao regulador municipal, enquanto autoridade sanitária, decidir pela melhor assistência ao paciente. Se estes se encontram na UPA porque o regulador decidiu que diante das circunstâncias, esta unidade é o local disponível mais indicado.
É oportuno ressaltar que os 96 leitos de UTI do hospital encontram-se ocupados e 7 pacientes dependentes de respiração artificial aguardam, internados na Santa Casa, vagas em leitos de UTI. A Santa casa lamenta pela forma oportunista e midiática como o caso foi tratado pelo coordenador do SAMU, e reitera que suas portas estarão sempre abertas para atender quem quer que seja, independente de posição social e econômica.
Wilson Levi Teslenco - Presidente da ABCG