Segundo Energisa, fiação deve ser removida por empresas que compartilham postes
Sem valor econômico, cabos de operadoras viram “rede morta” pela cidade
Dona dos 142.681 postes na zona urbana e rural de Campo Grande, a Energisa informa que manutenção ou retirada da fiação das redes de comunicação é de responsabilidade das empresas de telefonia, que compartilham a estrutura.
“A Energisa esclarece que nos contratos de compartilhamentos de infraestruturas estão definidos que a responsabilidade de realizar manutenções e retiradas dos cabeamentos de redes de comunicações instalados nos postes é de total responsabilidade das ocupantes, visto que estas redes de comunicações podem atender prefeituras, delegacias, hospitais ou similares”.
Na última segunda-feira (dia 3), matéria do Campo Grande News mostrou que os cabos de empresas de telecomunicações ficam esquecidos pela cidade. Sem cobre, eles não têm valor econômico e as empresas não fazem remoção da rede antiga e nem retiram os fios caídos.
A reportagem questionou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sobre a fiscalização da rede de cabos das empresas de telefonia e transmissão de dados. A agência “passou a bola” para concessionária de energia elétrica e destacou que a empresa é remunerada pelo uso dos postes.
A Energisa aponta que atua quando há risco à segurança. “De acordo com a regulação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a concessionária atua na construção e manutenção da rede de distribuição de energia elétrica, e ‘apenas em situações de risco à segurança’, quando identificado por nossas equipes ou por notificação de terceiros, que também seja necessário atuar na adequação provisória das redes de comunicação”.
Mesmo com prazo que passa longe de ser dos mais severos, ainda não saiu do papel lei promulgada pela Câmara Municipal de Campo Grande que estabelece até 150 dias para regularização de fios e multa de R$ 500 para empresa de telecomunicações que não fizer a manutenção.