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Capital

Segurança aponta redução de crimes com Lei Seca, mas revogação ainda é incerta

Ocorrências de acidentes com vítimas, facadas e até tiros foram reduzidos em 50%

Tainá Jara e Ana Paulo Chuva | 17/08/2020 15:32
O secetário municipal de Seguraça, Valério Azambuja, participou de reunião na prefeitura (Foto: Henrique Kawaminami)
O secetário municipal de Seguraça, Valério Azambuja, participou de reunião na prefeitura (Foto: Henrique Kawaminami)

O secretário municipal de Segurança, Valério Azambuja, apresentou a redução de mais de 50% das ocorrências de trânsito, facadas e até tiros com a Lei Seca em vigor, em Campo Grande. O índice representa, consequentemente, a redução de vítimas necessitando de utilizar a rede de saúde durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão de revogar a medida aplicada entre a última quinta-feira e domingo, no entanto, segundo ele, cabe ao prefeito Marquinhos Trad.

Azambuja participada, na tarde desta quinta-feira, de reunião com o Ministério Público Estadual e outros representantes de entidades de classe para debater a permanência da medida, que proíbe o consumo de bebida alcoólica em locais públicos, inclusive bares e conveniências.

Resultado de acordo em ação judicial movida pela Defensoria Pública que pedia implantação de lockdown na Capital para frear o contágio por covid-19, a medida teve resultados favoráveis em termos de descarregar o sistema de saúde, mas, por outro lado, impacta de forma negativa sob os comerciantes.

“Foi altamente positivo. Foi registrado um índice de furtos e roubos também bem abaixo da média. Com o isolamento social das 21h às 5h, aliado a proibição do consumo de bebida alcoólica nas ruas. Isso provou mais uma vez que é positivo. Por um lado tem a questão econômica, e por outro lado tem essa questão de álcool e direção, de reduzir com essa medida o número de pessoas bebendo e dirigindo”, ressaltou o secretário.

O toque de recolher, segundo ele, tem grandes chances de ser mantido. A questão de manutenção da Lei Seca, no entanto, é uma decisão que cabe ao prefeito Marquinhos Trad aos técnicos da Saúde e da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

Dificuldade financeira – Também participaram da reunião representantes da União dos Músicos. Santigo Filho lembra que pelo menos 1 mil famílias dependem do funcionamento de bares e casas de shows para trabalhar em Campo Grande.

“Eles não têm outra atividade. Estão passando necessidades básicas mesmo. Aquela coisa absurda. Então, a gente está esperando essa decisão junto ao poder municipal, ao Ministério Público, para ver de que maneira nó vamos ser atendidos nisso. A gente quer deixar bem claro sempre, que a União dos Músicos não é contra qualquer decisão que venha proteger o coletivo numa cidade. A gente só espera uma contrapartida”, afirmou.

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