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Capital

Segurança é morto a tiros em casa noturna e dois jovens são presos

Nadyenka Castro e Ana Paula Carvalho | 11/09/2011 08:29

Jhon Eder Cortiana Gonçalves, 33 anos, tentou conter grupo que após ser retirado do Vodoo, danificava veículos em frente ao local

Diego diz que foi ele quem atirou no segurança da casa noturna. (Foto: Simao Nogueira)
Diego diz que foi ele quem atirou no segurança da casa noturna. (Foto: Simao Nogueira)
Na calçada do bar ficaram manchas de sangue e a camiseta da vítima. (Foto: Simão Nogueira)
Na calçada do bar ficaram manchas de sangue e a camiseta da vítima. (Foto: Simão Nogueira)

O segurança Jhon Eder Cortiana Gonçalves, 33 anos, morreu por volta das 3 horas deste domingo atingido por dois tiros, em frente à casa noturna onde trabalhava, localizada na rua 13 de Junho, área central, em Campo Grande.

Dois jovens estão presos pelo crime. O pai da vítima, Livercídeo Gonçalves da Silva, 65 anos, ficou frente a frente com os assassinos do filho.

Colega do trabalhador, João Antônio dos Santos Cardoso, 22 anos, testemunhou o caso. Ele conta que em um determinado momento um dos rapazes presos pegou sem pedir uma garrafa de vodka do bar.

Ele tentou conversar com os clientes, mas um deles desferiu uma garrafada em sua cabeça. Diante da situação, outros trabalhadores do Voodo tiraram os jovens do bar.

Os rapazes então passaram a danificar veículos estacionados na via pública. Jhon Eder saiu da casa noturna para conter os autores e acabou atingido por dois tiros.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas o segurança chegou morto na unidade de saúde do bairro Coronel Antonino.

Jhon Eder trabalhava no local desde que o bar inaugurou, no ano passado. A esposa dele era caixa e ajudava na limpeza do local. Colegas da vítima não deixaram a mulher ver o marido ferido. O casal tem uma filha de seis anos.

O pai da vítima diz que os autores do crime estavam aparentemente embriagados e sob efeitos de entorpecentes. Livessídio diz não estar revoltado com a situação, apenas quer Justiça. “Não estou revoltado, só quero que a Polícia trabalhe”, diz.

Dois dos envolvidos foram presos por policiais militares do 1º Batalhão na avenida Afonso Pena, perto da avenida Bandeirantes. São eles: Diego Ferreira de Souza, 23 anos, e Janquiel Marques da Silva Júnior, 22 anos.

Diego disse à Polícia que foi ele quem atirou no segurança. No entanto, testemunhas afirmam que foi Janquiel. Exame residuográfico irá apontar o autor dos disparos.

Um outro rapaz, de 20 anos, chegou a ser detido junto com Diego e Janquiel, apontado como o responsável pela garrafada no outro segurança. No entanto, ele nega. "Se tiver uma camêra lá [Vodoo] vai mostrar que estou dizendo a verdade. Eu abracei minha esposa para protegê-la", defende-se.

Outro caso - Em março deste ano, o segurança Jéfferson Bruno Escobar, 23 anos, também foi morto por um cliente da casa noturna onde trabalhava. O acusado, o bacharel em direito Cristhiano Luna, foi preso em flagrante, mas, já está em liberdade.

Brunão, como a vítima era conhecida, tirava Cristhiano do bar após o rapaz ter se envolvido em confusão com um garçom do bar. Ele então foi atingido por socos e morreu.

O caso está com a Justiça. A defesa de Cristhiano alega que o réu não teve in tenção de matar o segurança e que a morte aconteceu devido a massagens cardíacas erradas.

Pai de Jhon diz que não está revoltado e quer punição aos autores do crime. (Foto: Simão Nogueira)
Pai de Jhon diz que não está revoltado e quer punição aos autores do crime. (Foto: Simão Nogueira)
Dois presos pela morte do segurança. Eles foram encontrados na Afonso Pena. (Foto: Simão Nogueira)
Dois presos pela morte do segurança. Eles foram encontrados na Afonso Pena. (Foto: Simão Nogueira)
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