Sem citar valor, prefeito diz ter "sinal positivo" de proprietária de hotel
"A proprietária deu sinal positivo e falou que tem interesse", afirma Marquinhos Trad
Uma reunião que terminou com sinal positivo, mas sem menção de valores. De acordo com o prefeito Marquinhos Trad (PSD), esse foi o desfecho do encontro com a proprietária do Hotel Campo Grande, Maria Adelaide de Paula Noronha.
Primeiro empreendimento de luxo da cidade e fechado há 18 anos, o imóvel tem projeto de ser transformado em condomínio de moradia popular.
“A proprietária deu sinal positivo e falou que tem interesse. Não conversamos sobre valores ainda e ela perguntou se vai ter valorização do metro quadrado depois da revitalização do Centro”, afirma o prefeito.
A reunião durou menos de uma hora e aconteceu na manhã desta sexta-feira (dia 23), no gabinete de Marquinhos. A reportagem tentou contato com Maria Adelaide no estacionamento do Paço Municipal, mas ela não quis falar.
A questão é marcada por impasse, que vai de valores à reclamação de moradia popular no Centro da cidade. A prefeitura busca recursos de R$ 38 milhões, sendo R$ 13 milhões para a desapropriação do imóvel e R$ 25 milhões para as obras arquitetônicas.
Representante da família dona do hotel, o advogado Gervásio Alves Oliveira Junior disse ao Campo Grande News na última segunda-feira (dia 19) que o valor de R$ 13 milhões está 35% abaixo da avaliação feita para cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
A proposta da prefeitura é transformar os 86 quartos e suítes em 117 unidades habitacionais, com menos de 30 metros quadrados. A maquete projetada inclui a figura do poeta Manoel de Barros na fachada em concreto aparente do hotel.
O nome do condomínio seria "Menino do Mato", título de uma das últimas obras do poeta, que morreu em 2014. O prefeito aguarda resposta do Ministério do Desenvolvimento Regional sobre o projeto.