Sem limpeza, moradores reclamam de mato alto, lixo e animais mortos
Incomodados com o mau cheiro e excesso de lixo, os moradores do Jardim Corcovado reclamam do descaso das pessoas que descartam até sofás pelas ruas e dos matagais espalhados pela região. Eles afirmam que tentam limpar o bairro, mas são impedidos pelos donos dos terrenos baldios. E o problema avança para outros bairros, como no José Abrão.
Na rua Nova Europa há móveis, lixo e mato espalhado por todos os lados. Os moradores comentam que não há limpeza periódica por parte da prefeitura e que não aguentam a situação. “Aqui está feio. Faz muito tempo que ninguém vem aqui limpar”, comenta a dona de casa Maria Costa Oliveira, 47 anos.
Ela relata que moradores de outros bairros vão até o Jardim Corcovado para jogar lixo e além animais mortos. “Esta semana meu vizinho enterrou três cachorros que tinham sido jogados aqui”, explicou Maria.
Por conta da grande quantidade de matagais no bairro, muito formados em terrenos baldios particulares, os moradores têm medo das doenças que podem surgir. “Hoje eu varri vários caramujos aqui de casa, mas temos medos das doenças que eles podem trazer”, contou a dona de casa.
Os moradores também relatam que várias pessoas jogam móveis pelo bairro. “Este dia um carro passou, derrubou um sofá na rua, até hoje ele não veio pegar. Os meus vizinhos que retiraram o móvel depois de três semanas, porque não podia ficar ali”, menciona Valdirene Mendes, 36.
“É comum passarem aqui e jogarem sacos de lixo aqui”, completa Maria Selma, 43. Ela conta que o bairro já está "virando um lixão".
Mas, segundo alguns moradores, na tentativa de fazer a limpeza do bairro, foram frustrados pelos donos dos terrenos baldios. “Disseram que estávamos invadindo aqui, então, para evitar confusão, decidimos parar”, explica Valdirene.
“Tem tantos terrenos sem utilidade aqui, poderiam ser feitas creches ou até uma academia para idosos, pois nós não temos aqui no bairro e necessitamos”, sugere Maria.
José Abraão - Atrás do Tênis Clube, o matagal e o lixo tomam conta. A aposentada Alda Soriano Dias, 60, constata que muitos moradores já tiveram dengue, por conta do focos existentes no "lixão". "Duas vizinhas minhas tiveram dengue, por conta do lixo que fica ai na frente", afirma.
A época de chuvas piorou o matagal no bairro. "Acho que é uma situação muito contrangedora, pois tem muito mato aqui. E a chuva piora a situação, além dos moradores que jogam lixo aqui", relata a promotora de vendas Maria Ofélia Caldas Escobar, 40. Ela conta que no local há muitos pernilongos, mosquitos, além do mau cheiro.
Para quem tem criança em casa, a preocupação é maior. "O matagal atrai doenças e me preocupo com o meu filho. Isso é uma falta de consciência da população", afirma Fabiana Freitas Freze, 17.
