Sem rede de esgoto, moradora reclama de água com dejetos deixada por vizinho
Águas Guariroba diz que a previsão é de que as obras de implantação devem terminar até o início do próximo ano
Cansada de ter água fedorenta em frente de casa, esteticista resolveu denunciar vizinho “difícil de lidar”. A situação vem ocorrendo há cerca de seis meses na Rua 21, no Bairro Nova Campo Grande, segundo Emanoelly Siqueira, 39 anos, que já fez contato com os órgãos de fiscalização, mas afirma que o problema não foi resolvido.
Apesar de não ser uma situação isolada e acontecer em outros pontos da região onde mora, Emanoelly diz que o vizinho é o mais inconveniente da rua.
Ela detalha que na Rua 21 ainda não há instalação da rede de esgoto, as casas possuem fossas que precisam de manutenção periodicamente.“Eu não sei se é por falta de limpar a fossa ou por não ter a rede, sei que está uma poça literalmente de merda em frente da casa dele (sic) e ele não faz nada”, lamentou a situação.
Com três filhos, de 2, 10 e 11 anos, as crianças acabam sendo impedidas de brincar na rua por conta dos dejetos que ficam expostos. Deixar as portas e janelas abertas é evitado por conta do mau cheiro. “Tenho que limpar o pneu do meu carro toda vez antes de entrar para garagem. É uma situação muito complicada”, conta.
Esgoto - Após o contato do Campo Grande News, a Águas Guariroba informou que recentemente se reuniu com a Associação de Moradores do Nova Campo Grande para repassar o cronograma das obras de esgoto que estão sendo realizadas na região. “A previsão é de que até o primeiro semestre do ano que vem as obras de implantação da rede sejam concluídas”, informou a concessionária em nota.
Para a concessionária, a água acumulada em frente à casa do vizinho da denúncia não é proveniente do esgoto, restos de lavagem de calçada, roupa, entre outras situações. “Essa água é recolhida pelo sistema de drenagem e quem faz a gestão é o município”, explica a empresa.
Denúncias - Procurada pela reportagem, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) disse que a denúncia será encaminhada ao setor de fiscalização para as providências cabíveis.
A secretaria destacou ainda que, de acordo com o Código de Polícia Administrativa do Município de Campo Grande Lei n. 2909, em seu Artigo 8, “é vedado despejar água servida e lançar detritos de qualquer natureza nos logradouros públicos”.
Quando constatada a irregularidade, o responsável é notificado. “Após prazo determinado [da notificação], a fiscalização retorna ao local e caso a irregularidade não seja sanada, o mesmo será autuado, conforme a legislação e poderá ser multado em valores que variam entre R$ 1.472,25 a 5.889,00”, diz a nota enviada à reportagem.
Em complementação, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) relatou que não encontrou nenhuma denúncia sobre o problema nos canais oficiais da Vigilância Ambiental do município, que é responsável por atender essas demandas.
“Apesar disso, em contato com a coordenação, foi informado que será aberta uma Ordem de Serviço e uma equipe deverá ser encaminhada ao local para avaliar a situação e proceder com os devidos encaminhamentos para que as eventuais irregularidades sejam sanadas”, encerra a nota.
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