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Capital

Sem-terra terão 3 dias para deixar acampamento no anel rodoviário

Participantes afirmaram que o movimento quer chamar atenção para a reforma agrária em Mato Grosso do Sul

Geisy Garnes e Guilherme Henri | 24/01/2018 18:42
Ocupação de área na região do Tarumã, no macroanel rodoviário (Foto: Paulo Francis)
Ocupação de área na região do Tarumã, no macroanel rodoviário (Foto: Paulo Francis)

A Prefeitura Municipal de Campo Grande estipulou um prazo de três dias para que os integrantes do movimento sem-terra deixem a região macroanel rodoviário da Capital - na região do Jardim Tarumã - onde um novo acampamento foi montado na madrugada desta quarta-feira (24).

Nesta tarde, funcionários da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) foram ao local, acompanhados de várias equipes da Guarda Municipal, muitos deles armados. Segundo o supervisor de fiscalização da secretaria, Perini Brites, a visita ao acampamento foi para entender o movimento, mas os servidores foram o local para "garantir a segurança e evitar tumultos".

“Somos informados que eles são do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e querem chamar atenção para a reforma agrária. Eles foram notificados a saírem em três dias, caso isso não aconteça entrarem com a reintegração de posse”, afirmou. Ainda conforme Brites, os integrantes do movimento acharam que o terreno pertencia a JBS, mas na verdade pertence a prefeitura.

Várias equipes da Guarda Municipal acompanharam os funcionários da Semadur (Foto: Paulo Francis)
Várias equipes da Guarda Municipal acompanharam os funcionários da Semadur (Foto: Paulo Francis)
Sandra Maria, uma das lideranças do movimento (Foto: Paulo Francis)
Sandra Maria, uma das lideranças do movimento (Foto: Paulo Francis)

Entre barracas de lona e outras usadas para acampamentos, bandeiras vermelhas da FNL (Frente Nacional de Luta pela Terra, Trabalho e Liberdade) se misturam a dizeres de defesa da reforma agrária e em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que nesta quarta-feira (24) foi condenado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) sob acusação de corrupção a 12 anos de prisão.

Sandra Maria Costa Soares, uma das lideranças do movimento, afirmou que intenção da ocupação é chamar a atenção do Governo Federal, Estadual e de toda a sociedade para a importância da reforma agrária. “O que a gente quer é que o prefeito explique para quê serve essa área, o que é, e que beneficio vai trazer para a população de Campo Grande”.

Segundo Sandra, se o prefeito não der devolutiva em três dias, uma comissão entre os acampados será montada. “Vamos a prefeitura, a assembleia, ou governo. Vamos conversar com quem tiver que ser”, reforçou. Conforme a liderança, 700 pessoas participam da ocupação, já a Semadur estima que 300 estejam no local.

Pelo menos 300 pessoas ocupam o terreno (Foto: Paulo Francis)
Pelo menos 300 pessoas ocupam o terreno (Foto: Paulo Francis)
Perini Brites supervisão de fiscalização da Semadur (Foto: Paulo Francis)
Perini Brites supervisão de fiscalização da Semadur (Foto: Paulo Francis)
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