Servidores administrativos ameaçam deixar escolas sem aulas nesta segunda
Cerca de 2,3 mil profissionais da rede municipal param na Capital
Cerca de 2, 3 mil funcionários do setor administrativo de educação de Campo Grande irão parar as atividades amanhã (03), para buscar junto a prefeitura melhores condições de trabalho e o reajuste salarial de dois dígitos para categoria. De acordo com o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, 90% das escolas municipais da Capital não devem funcionar nesta segunda-feira.
“A categoria resolveu parar as atividades nesta segunda-feira (04). para pressionar a Semed (Secretaria Municipal de Educação) a dar melhores condições de trabalho nas escolas, por isso vamos nos reunir na frente da instituição, amanhã, a partir das 8h”, disse Tabosa.
O presidente do sindicato ponderou que esta ação servirá como uma “advertência” a prefeitura de Campo Grande pela falta de diálogo com a categoria. “Faz mais de um ano que fazemos esta reivindicação (condições de trabalho), esperamos que sejam tomadas as devidas providências, sobre o reajuste, esperamos com dois dígitos uma proposta até quarta-feira (06)”, disse ele.
O presidente da ACP-MS (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, ressaltou que esta paralisação será conduzida pelos funcionários do administrativo e não pelos servidores do Magistério, que vão aproveitar para realizar atividades pedagógicas nas escolas.
“Acredito que a maioria das escolas não terão aulas em função destas ações, mas os professores vão comparecer nas escolas”. Ele pontuou que amanhã (04) o sindicato também volta a realizar as discussões internas para buscar o reajuste aos profissionais da Educação.
De acordo com o dirigente, eles se reúnem nesta segunda-feira no período da manhã, a partir das 8h, para discutir a situação dos professores da rede estadual, que buscam o reajuste de 10,98%, já que em janeiro tiveram (reajuste) 13%, em acordo com o governo estadual.
Já no período da tarde, a partir das 14h, entra em pauta o reajuste dos professores da rede municipal, onde os profissionais almejam o aumento de 13%. “Já tivemos duas audiências com a equipe da prefeitura que não houve acordo, eles ficaram de nos repassar uma posição no dia 11 de maio”, ressaltou Geraldo.
Entramos em contato com a prefeitura municipal, mas esta não quis se manifestar sobre esta paralisação.