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Capital

Sesau investiga morte de macaco, animal hospedeiro da febre amarela

Corpo foi encontrado na chácara, na região da estrada da Gameleira; CCZ coordena apuração

Anahi Zurutuza | 08/11/2017 16:05
Macaco-prego na região da Vila Santo Eugênio, no sudeste da Capital; animal que seria desta espécie foi encontrado morto ontem (Foto: Marcos Ermínio)
Macaco-prego na região da Vila Santo Eugênio, no sudeste da Capital; animal que seria desta espécie foi encontrado morto ontem (Foto: Marcos Ermínio)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) investiga a morte de um macaco, um dos hospedeiros do vírus que causa a febre amarela. O corpo do animal foi encontrado por volta das 7h desta terça-feira (8) na área de reserva de uma chácara localizada na região da estrada da Gameleira, em Campo Grande.

A investigação está a cargo do Centro de Controle de Zoonoses e da Vigilância Epidemiológica municipal. De acordo com a veterinária, Claudia Granja Macedo, o macaco foi entregue ao CCZ por volta das 21h.

Claudia explica que por causa do avançado estado de decomposição não será possível fazer exames para comprovar se a causa da morte foi febre amarela. “Não sabemos quando esse animal morreu, sabemos quando foi encontrado e que ele já estava em avançado estado de putrefação. Seguimos o protocolo do Ministério da Saúde, que não recomenda nestes casos a coleta de material (amostras dos órgãos) para exame”.

A veterinária explica que o CCZ vai vistoriar a região e entrevistar produtores rurais para saber se outros casos já foram registrados. “Vamos seguir com a investigação epidemiológica e fazer os registros necessários para este caso. Mas, este macaco pode ter morrido por qualquer outro motivo”.

Em Campo Grande, outras duas mortes de macacos foram investigadas neste ano, mas a febre amarela foi descartada como causa.

Doses da vacina contra a febre amarela, que estão disponíveis nos postos de saúde (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Doses da vacina contra a febre amarela, que estão disponíveis nos postos de saúde (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Sem pânico – A coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Mariah Barros, garante que não há motivo para pânico. “Essa investigação faz parte de um protocolo, é uma investigação. Por isso, é importante ressaltar que não há motivo para pânico”.

Ela explica que não haverá reforço ou campanha de vacinação. “No início do ano, quando casos da doença foram registrados em estados vizinhos, reforçamos a vacinação em área rural. Campo Grande sempre vacinou contra a febre amarela e isso nos deixa numa certa tranquilidade. Não vamos deflagrar campanha, não há necessidade”, ressaltou.

Situação – Neste início de ano Mato Grosso do Sul estava cercado de casos de febre amarela, mas desde que a doença ressurgiu no Brasil, o Estado era o único do Centro-Oeste a não ter notificações. Apesar do dado positivo, a corrida aos postos de saúde foi inevitável.

Nos dois primeiros meses deste ano, 29.010 pessoas foram vacinadas contra a doença, o triplo do número de vacinados em janeiro e fevereiro do ano passado – 9.480 pessoas.

Além do medo da doença ter feito crescer a procura pela vacina, principalmente por quem havia se imunizado há mais de dez anos, a campanha de vacinação iniciada pela Sesau na área rural de Campo Grande contribuiu para o aumento da quantidade de vacinados.

Hoje, em São Paulo, há dez pacientes com suspeita da doença.

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