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Capital

Sindicato contesta Agepen, lança alerta e fala em greve por reivindicações

Entidade dos agentes penitenciários quer número maior de contratações que o anunciado, ter direito ao porte para andar e trabalhar armados e diz para filiados ficarem atentos com ataques

Rafael Ribeiro | 06/01/2017 16:53
Sindicato vê número de contratações insuficiente para atender demanda como a da Máxima (Foto: Arquivo)
Sindicato vê número de contratações insuficiente para atender demanda como a da Máxima (Foto: Arquivo)

Em meio ao clima de instabilidade vivido nos presídios do Mato Grosso do Sul, o Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap/MS) contestou a promessa feita pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) da ampliação do número de funcionários. André Luiz Santiago, presidente do órgão, considera baixa a quantidade de novas contratações, quer a regulamentação do porte de arma aos agentes e diz que a categoria pode até entrar em greve se a situação não mudar.

“O servidor só pode pensar em defender a vida do outro quando a própria dele estiver salva e sem perigo”, disse Santiago, denunciando que a quantidade de servidores em atuação no sistema prisional de Mato Grosso do Sul atualmente é insuficiente.

Durante a manhã desta sexta-feira, o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, disse ao Campo Grande News que o governo estadual já havia se precavido com as ameaças de conflitos nos presídios e ampliou o número de funcionários com a realização de um concurso público.


“O Estado já tinha se antecipando a isso quando iniciou o concurso para contratação de novos agentes e esses agentes já estão fazendo estágio nas unidades”, destacou Stropa.


Santiago, porém, contesta a informação. Segundo ele, o número ainda é insuficiente. “Abriram 438 novas vagas, sendo que muitas não serão aprovados. Excluindo cargos administrativos, somente 237 desses concursados lidariam diretamente na segurança interna dos presídios. Número insuficiente”, disse.


Nos números do sindicato, o aumento real seria de quase dois agentes na fiscalização dos detentos por plantão.


Para o líder sindical da categoria, a solução imediata seria a integração de todos os 1.200 servidores que se inscreveram no concurso e apresentavam as qualidades necessárias.


Santiago também disse que exigirá da Agepen o cumprimento da regulamentação já aceita pelo governo estadual do direito ao porte de arma. “Precisamos trabalhar com mais segurança. É algo que exigimos que seja decidido o mais rápido possível ou iremos pensar na possibilidade de greve”, disse.


Alerta – Na tarde desta sexta-feira (6), o sindicato emitiu através de seu site oficial uma nota de alerta aos agentes penitenciários sobre o clima de instabilidade e a ameaça concreta de confrontos e rebeliões ocorridas nos presídios estaduais neste final de semana. “Não é algo que esteja descartado”,afirma a nota.

“Considerando que a repercussão dos fatos (mortes no Amazonas e Roraima, além do assassinato de um jovem na penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande), essa entidade alerta a todos os servidores que tomem cuidado adicionais em seus locais de trabalho, que tenham muita cautela em toda e qualquer movimentação de presos e evitem transitar pelos mesmos trajetos rotineiros”, diz o texto.

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