Sindicato diz que CRM deve investigar médica que liberou paciente de UPA
O erro no atendimento médico da estudante Kamila Batista Mamédio, 21 anos, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário, não será investigado pelo Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul). A assessoria de imprensa da entidade explicou que o presidente, Valdir Shigueiro Siroma, não irá falar sobre o caso, que é de responsabilidade exclusiva do CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul).
O sindicato disse que a ação, conduta e procedimento médico são investigados pelo CRM, que ontem (23) confirmou abertura de sindicância para apurar o caso da paciente que foi liberada no domingo (21) da UPA sem que a médica visse que ela estava com dois ossos quebrados.
"Cada caso tem que ser avaliado com muito cuidado para identificar o responsável, sem cometer injustiças. Vamos reunir os documentos, verificar a qualidade desse raio-x que foi feito na UPA. Vamos investigar", afirmou a presidente do CRM, Rosana Leite de Melo.
"A médica que me atendeu parecia ter uns 25 anos, recém-saída da faculdade. Agora vou ficar 45 dias de repouso absoluto por causa do braço. O médico que me atendeu na Santa Casa não sabe explicar como estou conseguindo abrir e fechar a boca, pois o osso que quebrou impediria o movimento", disse Kamila.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), explicou que a falha pode ter ocorrido por problema na regulagem do equipamento ou má interpretação dos exames por parte do profissional, que é clínico-geral e não tem especialização em ortopedia.
Caso – Após sofrer um acidente na madrugada de domingo na avenida Guaicurus, a estudante Kamila - que hoje (24) completa 21 anos -, foi atendida na UPA, onde recebeu medicação e realizou exames de raio-x. Por volta das 10h, recebeu alta da médica Claudia Natalia de Paiva.
Na tarde de ontem (22), ainda com fortes dores, Kamila foi levada por familiares para a Santa Casa, onde passou por novos exames que revelaram que ela está com um osso da face e escápula direita quebrados. Na próxima segunda-feira (29), a paciente deve retornar ao hospital para avaliar a necessidade de cirurgias.