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Capital

Sindicato ocupa corredores de instituição e tenta ampliar adesão à greve na UFMS

Liana Feitosa e Viviane Oliveira | 23/06/2015 11:42
Paralisação não se restringe ao Estado e já atinge 44 das 63 universidades federais do país. (Foto: Marcelo Calazans)
Paralisação não se restringe ao Estado e já atinge 44 das 63 universidades federais do país. (Foto: Marcelo Calazans)

Servidores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que participam de greve, ocupou os corredores da instituição na manhã desta terça-feira (23) na tentativa de ampliar a adesão de funcionários à paralisação. Professores estão em greve há uma semana e, técnicos, desde 28 de maio.

Cantando palavras de ordem, a ação aconteceu no bloco de Zootecnia e Medicina Veterinária da universidade após assembleia promovida pelo Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do Estado), que reuniu cerca de 300 servidores, segundo o sindicato.

Reivindicações - Basicamente, professores e funcionários técnico-administrativos da instituição querem planos de carreira mais bem estruturados, aumento dos salários, contratação de mais servidores por meio de concurso e melhoria nas condições de estrutura da universidade e do HU (Hospital Universitário). A paralisação dos docentes e funcionários técnico-administrativos não se restringe ao Estado e já atinge 44 das 63 universidades federais do país.

Ação - Hoje, representantes do Sista-MS entraram nos corredores fazendo bastante barulho para chamar a atenção de outros professores a favor da paralisação. "Na minha turma estávamos apresentando um trabalho quando entraram fazendo barulho, cantando e gritando. Terminamos nossa apresentação debaixo de música e gritaria do sindicato", afirma a estudante do 4º ano de Zootecnia, Sílvia Rech, de 22 anos.

Para ela, a greve pode prejudicar alunos que estão para concluir a graduação. "Eu me formo no ano que vem e essa greve vai prejudicar minha turma e podemos não formar no período certo. A greve é uma falta de respeito com os alunos, principalmente faltando uma semana para acabar o semestre", desabafa.

Desde que ela entrou no curso, essa é a segunda greve que acompanha. A outra paralisação aconteceu em 2012 e durou 3 meses.

Técnicos - De acordo com Márcio Saravi de Lima, coordenador geral do Sista-MS, a administração do HU quer atribuir à greve problemas antigos do hospital. "Desde a semana passada 50 leitos do HU foram fechados em vários setores e foram suspensas todas as cirurgias eletivas que estavam marcadas. Mas a situação não está assim por causa da greve, até porque 30% dos funcionários estão mantidos", explica.

"O hospital está querendo dizer que é por causa da greve, mas, na verdade, faltam funcionários. Precisamos que seja aberto novo concurso para contratações. Faltam funcionários há muito tempo", compartilha.

Para Márcio de Lima, coordenador geral do Sista-MS,  situação é complicada principalmente devido à falta de funcionários. (Foto: Marcelo Calazans)
Para Márcio de Lima, coordenador geral do Sista-MS, situação é complicada principalmente devido à falta de funcionários. (Foto: Marcelo Calazans)

Além disso, o sindicalista chama a atenção para o corte de horas extras. "Faltam funcionários também porque foram cortados pagamentos de APH (adicional de plantão hospitalar). Para suprir a falta de trabalhadores, os servidores faziam essas horas extras, mas essa opção foi cortada", explica Lima.

Mais ações - Nivalci Barbosa de Oliveira, representante dos técnicos-administrativos, que também estão em greve, explica que a assembleia desta manhã definiu que ainda serão promovidas outras ações de mobilização. Foi definida o envio de uma caravana de Campo Grande, no dia 6 de julho, para Brasília. O grupo permanecerá na Capital federal até o dia 8 do próximo mês.

Segundo ele, representantes de todos os segmentos de servidores públicos federais de Mato Grosso do Sul vão participar. Além disso, nesta quinta-feira (25), uma passeata vai acontecer a partir das 8h, na praça do Rádio Clube, Centro da Capital.

"Vamos sair da praça e iremos até o Bar do Zé, na Rua Barão do Rio Branco. Essa passeata vai reunir servidores públicos federais de todo o Estado e essa será uma resposta ao convite do Sindsep-MS (Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais de MS).

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