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Capital

'Só queria roubar', diz à polícia homem que matou campo-grandense no Paraná

José Tiago, considerado serial killer, pode ter feito outras vítimas; investigação prossegue

Nyelder Rodrigues | 29/05/2021 12:54
José Tiago, sendo preso em Curitiba após ficar quase um mês foragido (Foto: Reprodução)
José Tiago, sendo preso em Curitiba após ficar quase um mês foragido (Foto: Reprodução)

Durante o interrogatório feito nesta manhã de sábado (29) logo após ser preso pela polícia paranaense, José Tiago Correia Soroka, apontado como serial killer que matou o campo-grandense Marcos Vinícios Bozzana da Fonseca, de 25 anos, no início do mês, afirmou que cometeu os crimes apenas para roubar as vítimas.

Além de Marcos, morto no dia 4, também foram executados por José Tiago, conhecido como Japa, David Júnior Alves Levisio - morto em 27 de abril - e Robson Olivino Paim - morto em 16 de abril. Os casos de Marcos e David aconteceram em Curitiba (PR), enquanto o de Robson ocorreu na cidade catarinense Abelardo da Luz.

"Ele foi localizado em uma pensão no bairro de Capão Raso [periferia de Curitiba] onde estava há cinco dias. Recebemos essa informação, cruzamos dados e encontramos ele no local indicado. Depois, o trouxemos até a delegacia para interrogatório", explica a delegada responsável pelo caso, Camila Cecconello.

Camila chefia a DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) e revela que José Tiago confessou os crimes, contando detalhes dos mesmos - contudo, os dados ali apurados não foram divulgados por ela.

"Ele nos disse que a intenção dele nos crimes era cometer roubos, embora tenhamos alguns elementos de que pode existir componente de ódio nas ações dele", completa a delegada, que atua no caso ao lado do delegado Thiago Nóbrega. "Agora vamos fazer diligência para identificar possíveis outras vítimas", conclui.

O caso - Marcos Vinícios era estudante de Medicina da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Paraná e morava sozinho em um apartamento em Curitiba, capital daquele estado. Assim como as outras vítimas, ele era homossexual.

Esse detalhe, aliado a outros, como o modo que executava as vítimas - estrangulamento, as cobrindo posteriormente -, fez com que a polícia suspeitasse tratar de um assassino em série. Uma quarta vítima de Japa conseguiu escapar e ouviu dele que ele matava por que gostava de matar. Ela foi peça crucial na investigação.

Várias fotos e vídeos de José Tiago circularam após sua identificação. Para atrair as vítimas, ele usava perfis falsos em aplicativos de relacionamento, conseguindo então ir até a casa dos seus alvos. Hoje, ele foi preso no bairro periférico de Capão Raso, em Curitiba (PR). Ele era considerado foragido tanto no Paraná como em Santa Catarina.

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