Solurb pede à Justiça liberação de R$ 2 milhões para “honrar” dívida
Com apenas 25% do serviço de coleta de lixo mantido, o Consórcio CG Solurb pede na Justiça a liberação de R$ 2.119.693,00 para “honrar minimamente” os compromissos atrasados com fornecedores de combustíveis e financiamento de veículos. A ação cautelar contra a prefeitura de Campo Grande tramita na 4ª Vara de Fazenda Pública e ainda não houve decisão.
No processo, a empresa informa que o valor está bloqueado e que três decisões proíbem a suspensão do serviço. “Até a presente data, foram bloqueados pouco mais de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), insuficientes para quitar no mínimo uma das quatro faturas vencidas e não pagas sem qualquer justificativa plausível por parte da municipalidade”, informa a Solurb na ação. A dívida supera R$ 20 milhões.
Na última quinta-feira, o consórcio informou que “as operações só voltarão a normalidade com o pagamento das faturas em atraso por parte da Prefeitura Municipal ou liberação pelo poder judiciário dos valores bloqueados”. A empresa tem que pôr em dia o leasing (espécie de arrendamento) de 30 caminhões coletores.
No mês passado, os funcionários fizeram greve entre os dias 9 e 18 por falta de pagamento. Em outubro, os salário só foi pago após paralisação. Desde então, o pagamento da folha e benefícios dos 1.080 trabalhadores é feito pela prefeitura por meio de depósito em juízo.
A empresa também recorreu ao Poder Judiciário e obteve liminar para bloqueio de parcelas do FPM (Fundo de Participação do Município) da prefeitura até o valor de R$ 19 milhões.
O Campo Grande News esteve na sede da Solurb neste sábado. Grande quantidade de caminhões estava parada. Havia vários tíquetes de máquinas de ponto com a data de hoje jogados no chão. Dois funcionários da empresa encontrados pela reportagem contaram que chegaram ao local para cumprir a jornada, mas foram dispensados.