Com coleta suspensa há uma semana, morador já cogita saídas alternativas
Com apenas parte das equipes da Solurb em atividade, a coleta de lixo em alguns bairros de Campo Grande está parada há uma semana, conforme os moradores. Na última quarta-feira, a concessionária afirmou que mantinha apenas 25% das operações em razão do atraso do município no pagamento pelo serviço. Enquanto a empresa e o poder público não se entendem, algumas pessoas já cogitam pagar carroceiros para se ver livre dos rejeitos.
Na rua Eudes Costa, no Jardim Botafogo, a quantidade de lixo doméstico na calçada é grande. O funcionário público Marcelo Ortiz, 49 anos, afirma que o cheiro por enquanto não está tão forte, mas ele afirma ter jogado restos de peixes e frutos do mar que logo vão começar a feder.
“A solução é a prefeitura intervir e pronto. Isso nunca aconteceu. Moro na cidade há 30 anos e nunca vi a coleta de lixo parar. Estou bastante revoltado”, exclama.
Em outros locais, os problemas começaram durante a semana. Na rua Assaré, no Jardim Anápolis, a coleta não está passando desde terça-feira. “Por enquanto, não está forte o cheiro, mas já já vai começar”, diz a dona de casa Marilene Mendes, 47 anos.
No Jardim Aero Rancho, a dona de casa Rosa Maria Ferreira está preocupada com a montanha de lixo em frente de casa, já que vai realizar o chá de bebê da filha e não quer que os convidados se deparem com os rejeitos.
“É um descaso muito grande e não tem como ficar assim”, afirma. Ela diz que tem um carroceiro na região que cobra R$ 3 a cada cinco sacolas para levá-las ao aterro sanitário. “Não tenho como receber visita com lixo na porta”.
O Campo Grande News esteve na sede da Solurb neste sábado. Grande quantidade de caminhões estava parada. Havia vários tíquetes de máquinas de ponto com a data de hoje jogados no chão. Dois funcionários da empresa encontrados pela reportagem na rua contaram que chegaram ao local para cumprir a jornada, mas foram dispensados.
Eles também relatam que alguns caminhões saíram para fazer a coleta hoje porque os colegas conseguiram retirar o combustível de alguns veículos, que seria insuficiente para fazê-los rodar pela cidade, para encher o tanque dos demais. Como o problema da concessionária gira em torno de insumos, trabalhos de varrição e conservação estão sendo realizados normalmente.
O jornal tentou contato com a assessoria de imprensa e com o advogado da empresa, mas ninguém atendeu as ligações.