Sorriso no rosto marca agradecimento de mãe a PM que salvou bebê
Bebê de oito meses engoliu volante de carrinho de brinquedo e chegou a perder os sentidos
Com um largo sorriso no rosto, a dona de casa Ana Carolina de Almeida Alves, 19 anos, não cansa de repetir em como é grata ao cabo da Polícia Militar Sidinei Barbosa, por ter salvado a vida do filho João Miguel de Almeida, de oito meses.
O bebê perdeu os sentidos depois de engasgar com o volante de um carrinho de brinquedo, na manhã de sábado (14), no bairro Mata do Segredo, em Campo Grande.
E depois do baita susto de ver o filho roxo e sem ar, o que fica para a dona de casa é a lição de manter objetos pequenos longe do alcance das crianças e ainda o dever de alertar outras mães sobre os riscos.
“Ele estava na sala brincando com o irmão mais velho, que tem 4 anos. Foi em apenas um instante que fui até a cozinha, que meu filho correu até mim dizendo que o João Miguel tinha engolido uma pecinha de brinquedo”, relata a jovem.
Ao correr para a sala, Ana Carolina conta que a cena que viu a desestabilizou. “João Miguel estava completamente roxo e não conseguia respirar e ainda chegou a vomitar sangue. Eu entrei em desespero e só consegui chamar meu irmão”, disse a dona de casa, sobre Fábio Almeida Alves, 17 anos, que mora com ela há cerca de um mês.
Correndo contra o tempo pela vida do sobrinho, o irmão de Ana Carolina bateu de porta em porta para pedir ajuda, pois mesmo com um carro na garagem de casa nenhum dos dois sabia dirigir. “A Mata do segredo ainda tem poucas moradias e meu irmão teve dificuldade em encontrar pessoas em suas casas por ser feriado. Isso me fez repensar sobre o lugar em que moro, pois tenho duas crianças e um marido que é caminhoneiro”, detalha.
Sorte ou muita coincidência, o irmão bateu no portão do cabo da PM Sidinei, que já acompanhava a corrida do menino de seu telhado. “Ele [Sidnei] chegou e depressa pegou João Miguel no colo. Não vi nada apenas ouvi o choro que meu filho que tinha voltado a respirar. O policial foi muito atencioso. Não sei se um dia serei capaz de agradecer o que fez por mim e minha família”, desabafa.
Com a ajuda de outro vizinho, mãe, policial e João Miguel foram parar na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, onde o médico que atendeu a ocorrência afirma que a dona de casa teve muito sorte. “Se fosse outra peça João Miguel poderia não ter sobrevivido, pois o volante é vazado o que deu espaço para uma pequena entrada de ar”, revela.
E mesmo diante de toda angustia, depois de retirar a peça veio o alívio ainda maior. “João não precisou tomar remédio algum. Ele vomitou sangue, pois a peça provavelmente arranhou sua garganta, mas o médico disse que o próprio leite materno se encarregaria de curar a ferida”, conta.