ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
SETEMBRO, SEGUNDA  02    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Suspeito de fraudar Detran reclama de “constrangimento” ao ser alvo da operação

Despachante Hudson Romero Sanches prestou depoimento por 2 horas no Dracco e negou as acusações

Por Jhefferson Gamarra e Geniffer Valeriano | 10/07/2024 16:55
Despachante Hudson Romero Sanches, envolvido nas investigações sobre o esquema fraudulento no Detran-MS de mãos cruzadas (Foto: Alex Machado)
Despachante Hudson Romero Sanches, envolvido nas investigações sobre o esquema fraudulento no Detran-MS de mãos cruzadas (Foto: Alex Machado)

O despachante Hudson Romero Sanches, envolvido nas investigações sobre o esquema fraudulento no Detran-MS, descreveu o momento em que recebeu a polícia em sua residência como "uma surpresa e um constrangimento". Em depoimento ao Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), nesta quarta-feira (10), Hudson detalhou sua versão dos fatos, alegando que sua senha foi utilizada sem autorização para realizar baixas administrativas indevidas em veículos.

Ele aceitou dar entrevista desde que tivesse o rosto preservado. "Fiquei sabendo do envolvimento apenas no dia que a polícia chegou na minha casa às 6h50 da manhã de uma sexta-feira. Eu não compartilhei a senha com ninguém ela é intransferível e não repasso, tudo é ligado ao meu CPF, foi uma surpresa quando os policiais chegaram enquanto arrumava minha filha para levar ao colégio, foi uma situação constrangedora", disse o despachante.

O despachante também explicou seus hábitos de trabalho, mencionando que ocasionalmente utiliza seu login em diferentes locais, que pode ter facilitado o acesso por terceiros. "Fora do meu escritório me lembro de ter usado minha senha em 4 despachantes na Avenida Bandeirantes, mais duas outras vezes em outros locais e nos computadores de despachantes do Detran. Na minha casa estão disponíveis minhas maquinas a hora que eles quiserem, foi tudo entregue para polícia, telefone, e-mail e documentos", esclareceu.

Advogado Mikhail Monteiro, que representa o despachante, após depoimento no Dracco (Foto: Alex Machado)
Advogado Mikhail Monteiro, que representa o despachante, após depoimento no Dracco (Foto: Alex Machado)

O advogado Mikhail Monteiro, que representa o despachante, explicou que ainda estão previstos mais alguns interrogatórios. Após esta fase, haverá um prazo de 60 dias para reunir outras evidências antes de encaminhar o processo ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para análise da aceitação da denúncia. Ele afirmou que está empenhado em contestar a aceitação da denúncia.

“Nós vamos levantar esses dados porque existe os IPs, vamos levantar onde o Hudson trabalha e todo o local que ele acessa as vistorias. Não temos como provar ainda, mas muito provavelmente ou essa senha ficou disponível nesses computadores ou eles tiveram acesso a essas senhas de outras formas, falamos isso para o delegado e o delegado fez as anotações, inclusive vai nos auxiliar nessa questão de verificação dos IPs”, disse o advogado.

Em relação aos outros suspeitos, Hudson afirmou não ter contato com eles. "Nunca tive contato com a Yasmin e nunca a conheci. Sabia quem era David Cloky porque todos os despachantes o conhecem, mas nunca tive contato direto", finalizou o suspeito.

Nos siga no Google Notícias