Taxista leva soco em disputa por passageiro no aeroporto da Capital
Uma confusão entre taxistas por disputa de passageiros terminou com agressão e um dos profissionais com nariz quebrado. A briga ocorreu por volta das 15h30 deste sábado (24) no Aeroporto Internacional de Campo grande.
Segundo o presidente da Assotaxi (Associação dos Taxistas Auxiliares), José Carlos Áquila, o taxista agredido é Paulo César dos Santos que trabalha em um ponto localizado na Rua 14 de Julho esquina com a Avenida Afonso Pena.
A confusão começou depois que o taxista foi até o aeroporto buscar um passageiro após uma chamada do patrão. Os profissionais que trabalham no terminal se revoltaram. Houve agressões físicas e Paulo teria fraturado o nariz, segundo informações dos colegas.
José afirma que orientou o profissional a procurar a Polícia Civil e um exame de corpo de delito será realizado no IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal). Na próxima semana, o diretor da Assotaxi garante que providências judiciais serão tomadas.
“É um absurdo e um desrespeito. Há um mês ocorreu a mesma situação. Vamos acionar a Infraero para tomar providências e na segunda-feira iremos procurar o advogado da Associação para partir para a Justiça”, explica.
Ainda de acordo com a associação, a falta de atitude da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) pode acabar em situações mais graves como morte de profissionais. Ao todo, são 38 taxistas que atuam no Aeroporto.
Em protesto aos colegas que trabalham no aeroporto, taxistas de vários pontos da cidade promoveram um buzinaço logo após a confusão. Os carros deram voltas no estacionamento do terminal para chamar atenção dos passageiros.
De acordo com os taxistas que não atuam no aeroporto, as confusões têm sido frequentes e eles alegam que não “tomam passageiro de ninguém”. Vitor Hugo Barreto tem 42 anos e atua nas corridas de táxi há 5 anos.
Ele explica que o poder público não tomou providência e eles só vão até o aeroporto quando há designação das cooperativas. “É uma área federal e não sabemos como foi feita essa divisão. Nós só entramos no aeroporto quando há chamada pelo rádio, não queremos atravessar ninguém”, desabafa.
Em defesa dos profissionais que trabalham no terminal, Duair Vargas da Rosa, de 58 anos, diz que os taxistas de outros pontos da cidade vão até o aeroporto buscar passageiro. "Eles ficam parados aqui em fila chamando os passageiro. Nos ofendem em nosso local de serviço. Fazemos duas corridas de manhã, duas à tarde e três à noite. Não temos mercado para fazer mais pontos", completa.