“Tem que pagar”: mãe de bebê morta em acidente com motorista bêbado pede justiça
Teste em motorista comprovou embriaguez e ele foi preso, mas conseguiu liberdade provisória
Com a roupinha da filha nas mãos, Luciane Alves Feijo, 40 anos, sofre a perda precoce da pequena, caçula de sete filhos. A bebê de 2 meses estava no carro, que capotou ao ser atingido por outro veículo conduzido por motorista bêbado, na noite de sexta-feira (21 de julho). A morte foi confirmada na noite desta quarta-feira (26), na Santa Casa de Campo Grande.
Na delegacia de polícia, onde esteve na manhã desta quinta-feira (27) para registrar a morte da filha, Luciane conversou com a reportagem do Campo Grande News. Em poucas palavras e muito emocionada, descreveu o fim da tarde de sexta-feira. "Ela estava no meu colo, eu estava amamentando ela", descreve.
A família ocupava um Chevrolet Prisma que capotou após ser atingido por um Corsa. "Ele fez teste no dia, constatou embriaguez e é isso que a gente sabe. Meus outros dois filhos estavam no carro, mas não aconteceu nada com eles, graças a Deus", lembra.
Agora, a mãe pede por justiça. "A gente não tem muito o que esperar. Ele vai ter que pagar pelo que fez, na justiça aqui, vai pagar".
Acidente - O Prisma era ocupado pela família de Luciane e seguia pela Avenida José Barbosa Rodrigues, no Bairro Residencial Ana Maria do Couto, na Capital. Logo atrás, o Corsa, que não reduziu a velocidade ao passar pelo quebra-molas e acabou saltando a lombada. Com isso, atingiu a traseira do Prisma e causou a capotagem.
O pai das crianças, condutor do Prisma, afirmou que viu o Corsa atrás, a quase 100 km/h.
O condutor do Corsa, Bruno Menezes Fernandes, 22 anos, precisou ser atendido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e foi regulado para a Santa Casa. O tenente Paulo Lima, dos bombeiros, afirmou que ele estava com traumatismo encefálico moderado.
Bruno fez teste de bafômetro, que apontou embriaguez, e então acabou preso em flagrante por "dirigir sob influência de álcool" e "lesão corporal culposa na direção de veículo automotor". Interrogado, disse que não viu o quebra-molas e então perdeu o controle da direção. Confessou, também, que estava bebendo cerveja desde as 14 horas daquele dia.
Bruno passou por audiência de custódia e conseguiu liberdade provisória no dia 23 de julho. A reportagem entrou em contato por ligação telefônica, mas Bruno preferiu não se pronunciar.
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