Terceirizados do HU da Capital cruzam os braços por atraso nos salários
Duas empresas, Luppa e Máximos, afirmam que não receberam repasse do hospital
Pelo menos 65 funcionários terceirizados do HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), em Campo Grande, paralisaram, nesta sexta-feira, dia 13, as atividades alegando falta de pagamento do salário.
O quinto dia útil, prazo máximo legal para pagar as remunerações, foi em 6 de outubro, sexta-feira passada.
Conforme o presidente do STEAC-MS (Sindicato dos Trabalhadores de Empresa de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), Ton Jean Ramalho, as empresas Luppa, de limpeza, e Máximus, de nutrição, banco de leite, entre outros, não depositaram o salário de 107 trabalhadores.
As terceirizadas alegam aos funcionários que o HU não repassou o dinheiro referente aos convênios. "Mas entendemos que a empresa é responsável, mesmo que não haja pagamento da fonte. Não podemos ficar no meio do tiroteio", afirma.
Segundo o dirigente, as empresas e a direção da instituição de saúde estão sabendo oficialmente do movimento, que não tem prazo para acabar. "Vamos ficar parados até o pagamento", disse uma das funcionárias em greve, que preferiu não se identificar.
A reportagem tentou contato com as duas empresas. A representante da Luppa, identificada como Ana Catarina, disse que ainda não estava por dentro da situação da paralisação, mas "adiantou" que o hospital não repassou o valor do contrato.
Esta terceirizada é de Cuiabá (MT), enquanto a Máximus é de Minas Gerais. O dono desta última empresa, Elton Sales, não atendeu a chamada.
A assessoria de comunicação do Hospital Universitário afirma que o hospital repassou o dinheiro - algo em torno de R$ 300 mil - para a Máximus. Disse, ainda, que já existe processo de rescisão do contrato com a terceirizada, já que apresenta problemas de falta de pagamento desde agosto.
"Já acionamos o Ministério do Trabalho, inclusive. O HU tem feito os repasses normalmente, o problema é que a empresa não está pagando os funcionários", disse.
Sobre a segunda empresa, a Luppa, a assessoria afirmou que vai levantar qual a situação dela para saber o problema neste caso.