Tradição é um ato de fé e busca por valores perdidos, dizem devotos

Os devotos que participam e prestigiam a celebração do “Corpus Christi” em Campo Grande, disseram que a tradição é um ato de fé e uma busca para resgatar os valores perdidos, na sociedade atual. Eles destacam que é importante a presença dos jovens, que vão continuar com a comemoração no futuro.

Maria Amélia, de 70 anos, que é ministra da eucaristia da Igreja São José, disse que por muito tempo ajudou na confecção e colocação dos tapetes, mas que neste ano está ajudando na organização da missa e procissão. “Faço parte desta celebração desde criança, fui ensinada pela minha avó, que me deu a missão de continuar. A minha fé continua viva e forte”.

A técnica de enfermagem, Delfina Inácio da Silva, 58, disse que participa da celebração há mais de dez anos. “Sou católica atuante, participo da novena toda semana, a fé não pode parar. Desde jovem ajudo na tradição, que não pode parar e deve continuar”.

Para a funcionária pública Thaís Saldanha, 29, é uma oportunidade de “renovar os votos” com Deus. Ela é de Roraima e está de visita a Campo Grande. “Lá a tradição é da missa e procissão, por isto estou aproveitando para conhecer os tapetes, que achei muito bonitos”.

O militar Leonardo da Costa, 24, contou que é a terceira vez que participa da comemoração e entende que este “ato de fé” deve ser seguida pelos jovens. “Inspira a uma mudança de vida, é uma fé que serve de guia”. Para o administrador Antônio Augusto, 46, apesar da vida corrida e dinâmica, nunca se deve esquecer destes eventos. “A fé precisa nos mover”.

Já Fernando Mandrick, 32, esta busca pelo lado “espiritual” deve ocorrer independente da religião da pessoa. “Além das comemorações, também frequento as missas e toco violão, o que me fez ficar ainda mais perto de Deus, porque renovo cada vez mais minha fé”. Ele inda citou a importância de trazer mais pessoas para as igrejas. “As precisam conhecer a Deus”.

A comemoração do “Corpus Christi”, que significa “corpo de cristo”, ocorre na área central de Campo Grande, onde desde o começo do dia as pessoas montam os tapetes em homenagem a Deus e a eucaristia. A partir das 15h, ocorre a celebração e missa.

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