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Capital

Travesti reconheceu policiais e armou emboscada que terminou em morte

Graziela Rezende | 29/01/2014 11:11
Ocorrência movimentou grande número de policiais. Foto: Viviane Oliveira
Ocorrência movimentou grande número de policiais. Foto: Viviane Oliveira

Fingindo colaborar com as investigações, sobre o roubo de jóias e inclusive uma corrente avaliada em R$ 80 mil, o travesti de nome Natália teria dito ao investigador Osmar Ferreira, 39 anos, que poderia entrar no imóvel e que entregaria o objeto. A Polícia foi ao local na noite de ontem (28), no bairro Campo Nobre, porque recebeu a informação de que uma quadrilha estava “negociando” jóias por um valor muito inferior ao do mercado.

Sem utilizar nada que o identificasse como policial e com livre acesso, ele entrou na casa. Osmar, horas antes, ainda tinha ligado para um dos bandidos para negociar a compra da jóia, mas foi reconhecido pela travesti ao chegar no imóvel.

O travesti, conforme o registro policial, pediu a outra pessoa que estava na casa para buscar a corrente no quarto. Na hora da entrega, esta terceira pessoa olhou firmemente para o policial e foi empurrada por ele. No entanto, o travesti o golpeou no pescoço e ele então desmaiou, após ser imobilizado por mais algumas pessoas.

Assim que acordou, ele saiu do imóvel e encontrou Dirceu Rodrigues dos Santos, 38 anos, já morto. Este policial tinha ficado na esquina, cuidando da movimentação, enquanto o colega tentava recuperar os pertences roubados. Osmar se deparou então com a chegada de viaturas e o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e inclusive informações de que o carro em que estavam, um Palio, foi abandonado quadras a frente.

Já Dirceu, que foi morto com três tiros segundo o delegado Fábio Peró, ainda tentou correr assim que recebeu o primeiro tiro na barriga. No entanto, ele caiu ajoelhado metros adiante e foi alvejado mais duas vezes, na nuca e na testa.

Osmar foi socorrido e deu entrada no Prontomed da Santa Casa, às 5h59, sendo liberado horas depois. Já Dirceu deixa uma filha. O velório acontece neste momento, na rua Dolor Ferreira de Andrade, esquina com a 13 de maio, no Bairro São Francisco.

Flagrante - A Polícia registrou a ocorrência como homicídio doloso qualificado por assegurar a execução, a ocultação, impunidade ou a vantagem de outro crime, além de furto, lesão corporal dolosa, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, receptação e resistência e finaliza o flagrante na manhã desta quarta-feira (29), na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga.

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