Três morrem com dificuldades respiratórias em Campo Grande
Duas idosas de 84 e 66 anos e um homem de 51 faleceram depois de sentirem falta de ar
Entre a noite de sábado e a manhã deste domingo, três pessoas morreram com falta de ar. Pelos registros de morte natural da Polícia Civil, casos desse tipo são comuns entre pessoas com mais de 60 anos, mas chama atenção no atual período de pandemia do novo coronavírus.
Uma das vítimas, uma senhora de 84 anos, faleceu em casa, no bairro Parque Dallas. Onésia Gomes da Silva começou a passar mal por volta das 10h46 de hoje, quando teve falta de ar.
A filha dela relatou à polícia que no mesmo momento chamou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que ao chegar na casa, tentou reanimar a idosa, mas sem sucesso.
Segundo a filha, Onésia não realizava nenhum tratamento especifico de saúde, mas tomava remédio para problema respiratório e estava acamada.
O segundo caso é de um homem de apenas 51 anos, Dionízio Cabreira Filho, que faleceu em casa às 7h05 de hoje, também depois de apresentar dificuldades respiratórias.
O filho de Dionízio contou à polícia que era por volta das 5h30 quando acordou ao ouvir sua mãe e seu irmão conversarem e viu que o pai estava com dificuldade de respirar. O Samu foi acionado e ao chegar na casa, no bairro Jardim Panorama, constatou que o homem havia sofrido uma parada cardiorrespiratória.
O registro policial indica que a vítima sofria de esclerose lateral amiotrófica, doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva e acarreta em paralisia motora irreversível.
Dessa forma, Dionízio, apesar de jovem, não tinha capacidade “para atos da vida civil, sendo totalmente dependente de cuidados” e acamado, de acordo com a polícia.
A terceira pessoa que apresentou falta de ar e acabou morrendo foi a idosa Marilda Ferreira Maeda, de 66 anos, que faleceu às 22h40 de ontem na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon.
O marido dela contou que ela começou a passar mal de noite e reclamou que estava com falta de ar, estando ofegante. Eles foram até a UPA, onde às 22 horas, Marilda acabou sofrendo uma parada cardiorrespiratória e apresentou cianose central em seguida (língua, mucosas orais e pele azuladas).
Os médicos tentaram reanimá-la por meia hora, quando sofreu outra parada, não resistindo. Marilda tinha histórico de problemas cardíacos e fazia tratamento há pelo menos cinco anos, depois de cirurgia para implantação de ponte safena.