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Capital

Trio preso com arma e droga também é investigado por matar amigo queimado

A suspeita é que eles tenham planejado a morte de Ricardo Ventura Barbosa, que ainda teve o corpo carbonizado e enterrado

Geisy Garnes | 01/10/2020 14:38
Rafael e Carina são casados e juntos comandam bocas de fumo no bairro. Flávio era o “gerente” dos pontos de venda da droga (Foto: Reprodução)
Rafael e Carina são casados e juntos comandam bocas de fumo no bairro. Flávio era o “gerente” dos pontos de venda da droga (Foto: Reprodução)

O trio preso pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) com porções de droga e com uma pistola calibre .9mm, na última terça-feira (29), pode estar envolvido no assassinato do vendedor Ricardo Ventura Barbosa, de 38 anos, crime que aconteceu no Jardim Colibri, região sul de Campo Grande, em agosto deste ano.

Rafael de Almeida Freitas, Carina Barbosa dos Santos e Flavio da Silva Siqueira, foram presos com a pistola, 91 gramas de cocaína, 14 gramas de maconha e R$ 4.211,15 mil em dinheiro, além de 15 munições, em uma residência do Jardim Los Angeles.

Conforme apurado pela reportagem, Rafael e Carina são casados e juntos comandam bocas de fumo em toda a região do Jardim Colibri. Flávio é o “gerente” dos pontos de venda da droga e organizava o esquema para o casal.

Juntos, os três teriam assassinado Ricardo Ventura por conta de uma dívida de droga e forçado Luís Ricardo Ferreira dos Santos, de 35 anos, que morava com a vítima, a assumir a autoria do crime. Foi exatamente o que ele fez. Depois de 10 dias de buscas pela vítima, ele procurou a delegacia especializada, confessou o homicídio e apontou a polícia onde o corpo do colega estava.

Em depoimento, Luís Ricardo chegou a contar que matou o amigo após uma discussão banal, que começou depois que ele se fez um comentário sobre o relacionamento de Ricardo. A briga, segundo ele, acabou em tom de ameaça e “com medo de morrer”, resolveu agir primeiro. Com arma na mão, esperou a vítima voltar para casa e atirou assim que a viu.

Após matar o amigo, arrastou o corpo por pelo menos 30 metros, até uma área insalubre, com bastante entulhos. Lá, ateou fogo em Ricardo. Em seguida, o enterrou em cova rasa. A versão, no entanto, não batia com as provas periciais recolhidas no local do crime pela polícia e por isso, a investigação continuou.

Foi justamente durante apuração do assassinato que o trio acabou preso em flagrante. Eles passaram por audiência de custódia e tiveram as prisões preventivas decretadas pelos crimes de posse ilegal de arma e tráfico de drogas. Rafael já tinham várias passagens pela polícia e estava com mandado de prisão em aberto por outro crime.

Corpo de Ricardo foi encontrado 10 dias depois do crime (Foto: Marcos Maluf)
Corpo de Ricardo foi encontrado 10 dias depois do crime (Foto: Marcos Maluf)


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