Tuberculose tem aumento de 15% na Capital, que obriga máscara em UPA e CRS
Resolução pede que pacientes com sintomas respiratórios suspeitos da doença usem em todos ambientes clínicos
O número de casos de tuberculose notificados em Campo Grande teve um aumento de 15% entre 2021 e 2022, conforme mostram dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). E, nesta terça-feira (9), a pasta passou a obrigar o uso de máscaras em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde) por profissionais de saúde e pacientes com sintomas respiratórios, como medida preventiva à doença.
A obrigatoriedade não está necessariamente relacionada ao aumento de casos nos anos anteriores. "A resolução tem por objetivo estabelecer os fluxos de atendimento, frente às portarias e resoluções vigentes", pontua a assessoria de imprensa da pasta.
Ainda segundo os dados da Sesau, 156 pacientes tiveram a infecção notificada na Capital entre janeiro e abril deste ano. O número parcial representa 27% do total de casos registrados em 2022 (559) e 32% do acumulado de 2021 (484).
Resolução - O uso obrigatório de máscaras dentro dos dois tipos de unidades foi estabelecido por resolução publicada no Diário Oficial de Campo Grande.
O texto especifica que profissionais de saúde atuantes em todos os ambientes de atendimento clínico dos casos suspeitos ou confirmados de tuberculose pulmonar devem utilizar máscaras do modelo N95 ou PFF2.
Já os pacientes, mesmo os que tiverem fora de locais de isolamento, receberão máscara cirúrgica. Ficam obrigados a usá-la aqueles que tiverem sintomas respiratórios, com tosse há mais de três semanas; os diagnosticados com tuberculose pulmonar; e os infectados pelo HIV (diagnóstico clínico ou laboratorial) que apresentarem sintomas respiratórios.
O uso da máscara será "restrito à contenção das partículas no momento em que são geradas, sendo assim indicadas para uso pelos pacientes com tuberculose pulmonar bacilífera, ou os casos suspeitos, fora dos locais de isolamento", estabelece o documento.