Unidades de saúde ainda enfrentam falta de materiais e medicamentos
Prefeitura garante que situação será resolvida em 30 dias
Médicos revelam falta de medicamentos, desde os básicos até os que tratam casos mais complexos, materiais e problemas em equipamentos nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Grande. A prefeitura, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), confirma a ausência de estoque, mas garante solução em um mês.
A situação de algumas unidades não é novidade, já que até o MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) já entrou com, pelo menos, três ações pedindo a regularização de Upas, com a aquisição de materiais e remédios.
Remédios para náusea e vômito, por exemplo, como bromoprida e plasil estão em falta, além de cefalexina, amoxicilina e isordil, que serve para prevenção e tratamento de infarto, de acordo com profissionais da rede.
Em algumas unidades, não estão funcionando a máquina de eletrocardiograma, monitor cardíaco, desfibriladores e coisas ainda mais básicas como abaixador de língua, que é o instrumento médico utilizado para exame da boca e da garganta, e anestésico para fazer sutura.
A secretaria de Saúde reconhece a falta dos medicamentos apontados, mas afirma que a previsão para regularização é de 30 dias. No início do ano, a prefeitura fez um levantamento que apontou a falta de 320 itens, entre remédios, insumos e materiais.
Ainda conforme a pasta, a atual administração conseguiu destravar parte dos processos de licitação para compra do que falta. “Essa é uma situação que será sanada por completo a médio prazo, através de um planejamento prevendo a compra periódica destes itens para evitar que faltem em nossa farmácia”, disse em nota.
No começo do ano, a prefeitura suspendeu três licitações, mas reabriu uma delas dias depois, após constatação de que unidades estavam com as farmácias vazias. A suspensão dos certames aconteceu porque o município quis rever todos os processos e contratos abertos na gestão anterior.
A compra, aberta em 11 de janeiro, previa a aquisição de 29 medicamentos de uso contínuo. O preço era de R$ 16,4 mil, segundo informou, na ocasião, a secretaria de Saúde.
Superlotação - Unidades de pronto atendimento foram criadas para que casos de emergência e urgência possam ser resolvidos por lá, justamente para diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais.
É o que deve ocorrer com a Santa Casa, por exemplo, que, a partir de hoje (10), restringirá o atendimento do setor de emergência para pacientes encaminhados pela Central de Regulação, como forma de diminuir a fila na instituição. No entanto, com a decisão, a demanda nas UPAs deve aumentar mais do que já existe hoje.