Universitários e policiais se unem para adoçar Páscoa de crianças
Ao todo, foram entregues 155 ovos de chocolate, além de sacolinhas de doces para os integrantes do Cica
Universitários e policiais civis da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) adoçaram a Páscoa de crianças participantes de uma associação sem fins lucrativos. A equipe levou até os alunos 155 ovos de chocolate, além de 150 saquinhos de doces.
A ação foi desenvolvida através da iniciativa de três acadêmicos do curso de Direito da universidade Anhanguera. Amanda Lima, de 22 anos, uma das organizadoras da arrecadação dos ovos de Páscoa, contou que o grupo conseguiu realizar a entrega tendo apenas uma semana para organizar.
"A gente está se sentindo muito realizado, muito feliz, porque foi muito rápido. Foi desafiador, mas é muito gratificante poder estar aqui. Vale a pena poder proporcionar algo que muitas vezes eles não têm condições de ter. Eu já passei por isso então sei como é”, disse.
Apesar da folga fornecida pelo ponto facultativo da Semana Santa, o delegado titular da Decat, Bruno Urban, marcou presença na entrega dos chocolates. “É um momento você poder vir aqui e trazer um pouco de felicidade para essas crianças não tem preço. A gente trabalha com tantas coisas ruins durante a semana, eu já estou há 18 anos em atividade e esses momentos são especiais”, pontuou.
O coordenador do Cica (Centro de Integração da Criança e do Adolescente), Mário de Freitas, de 36 anos, contou que no local são oferecidos serviços como reforço escolar, aula de violão, dança, arte circense e coral durante o contraturno escolar, para crianças em situação de vulnerabilidade.
“Nós temos crianças de todos os perfis, a gente sempre fala que hoje a vulnerabilidade não está só na questão financeira, ela está também na própria violação do direito. Às vezes ela até tem uma condição, mas dentro de casa sofre algum tipo de violência”, explica.
Dentro da associação são realizadas palestras com temas como vício em drogas, gravidez na adolescência, violência doméstica e o direito da criança e adolescente. Atendendo crianças com idade entre 5 a 15 anos, Mario explica que ao chegar aos 14 anos, os adolescentes são encaminhados para o Instituto Mirim para poderem se capacitar e entrar no mercado de trabalho, posteriormente.
O coordenador relata que dentre os desafios enfrentados, o maior é vencer a rua. “No Itamaracá tem alto índice de droga e acabam utilizando muitas crianças para o aliciamento de venda, e como é criança passa despercebido, aquela coisa toda. Então a gente acaba focando muito nessas questões de fazer palestra e rodas de conversas”, disse.
A arracadação dos chocolates contou com a ajuda de empresários da Capital.
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