Vendedor que matou capataz após discussão é condenado a 5 anos

Leonardo Mendes Cerqueiro, 28 anos, o “Leleu”, sentou no banco dos réus da 1º Vara do Tribunal do Júri nesta terça-feira (4) e abriu a pauta de julgamentos do mês de junho. O vendedor é réu por matar com dois tiros o capataz Cristiano Mendes Rodrigues, 30 anos. O crime aconteceu em abril de 2021 na Vila Margarida, em Campo Grande.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na época, Cristiano foi executado na noite do dia 10 de abril daquele ano. O crime aconteceu por volta das 23h37 e, segundo uma adolescente de 17 anos que se relacionava com a vítima, a motivação foi uma discussão por postagem em rede social.

À polícia, a menina contou que estava na casa de Cristiano quando ouviu os tiros do lado de fora. O capataz saiu para ver o que estava acontecendo e começou a discutir com o autor que atirou duas vezes contra ele e em seguida fugiu.

O Corpo de Bombeiros foi acionado pela adolescente, mas Cristiano acabou morrendo horas depois no hospital. Leonardo se apresentou na 3ª Delegacia de Polícia Civil dia 14 daquele mês. Acompanhado pelo advogado ele confessou o crime e apresentou a pistola calibre 25 comprada na semana anterior.

Ele chegou a dizer que atirou “apenas” duas vezes porque não tinha mais munições. “Leleu” relatou ainda que conhecia a vítima de vista e os dois já haviam soltado pipa juntos. No dia do crime ele e o irmão discutiram com Cristiano e o chamaram de corno.

Cristiano então foi tirar satisfação com Leonardo e esses discutiram novamente. Pouco tempo depois, o autor pegou a arma e acompanhado de outro rapaz foi até a casa da vítima e a matou.   Na ocasião, ele foi ouvido e liberado, já que não estava em flagrante.

Hoje ele passou pelo julgamento e foi condenado por maioria de votos pelo Conselho de Sentença por homicídio qualificado. A defesa chegou a sustentar as teses de absolvição por legitima defesa, reconhecimento da causa especial e afastamento das qualificadoras. NO entanto, ele foi sentenciado a 5 anos de prisão em regime semiaberto.

Pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, Leonardo foi absolvido pelos jurados. A sentença é assinada pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida.

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