Vereadores pedem desapropriação da Câmara por R$ 6,7 milhões
Vereadores de Campo Grande decidiram lutar pela desapropriação do atual prédio da Câmara Municipal. Eles protocolaram documento junto à Prefeitura, na manhã de hoje, pedindo a desapropriação do edifício. O presidente da Casa, vereador Mário Cesar (PMDB), afirmou que o valor para desapropriação, de R$ 6,798 milhões, será pago pela Câmara, obtido com corte nos gastos que irão até o fim do ano.
Os parlamentares esperam o aval do prefeito Alcides Bernal (PP). Ele pode desapropriar o prédio por meio de decreto. A decisão de desapropriar o local foi definida pela mesa diretora da Casa e pelos membros da Comissão Especial criada para tratar do assunto.
“Tiramos a nossa própria carne para resolver o problema que não é da Câmara, que não é só da Câmara, mas que atinge o povo de Campo Grande”, afirmou Mario.
Sobre a dívida, o presidente da Câmara disse que ela permanece. “Independente da nossa permanência ou saída do prédio, o débito continua. Estou resolvendo o problema da minha gestão pra frente”. contou, sobre a dívida de aproximadamente R$ 11 milhões com a Haddad Engenharia, proprietária do prédio.
O vereador Mario Cesar disse ainda que um prédio próprio é “um sonho”. “Vamos continuar batalhando por ele. Embora o prédio tenha sido adaptado para os vereadores, uma sede própria é um sonho, não para os vereadores, mas para a sociedade”.
O imbróglio do prédio se arrasta desde 2005, quando o aluguel deixou de ser pago.
A polêmica começou com o valor do aluguel, que foi alvo de ação na Justiça. O MPE (Ministério Público Estadual) considerou o valor muito alto e conseguiu sentença determinando a redução do valor.
Neste ano, a Justiça determinou o despejo dos vereadores, mas deu um prazo de seis meses para a desocupação.
