"Vítima de uma fatalidade", diz irmão de piloto morto em acidente aéreo

"Ele era um profissional, com mais de 35 anos de profissão. Estamos sentidos porque foi uma fatalidade inesperada", foram frases ditas no velório do piloto Cláudio Atílio Mortari, 69 de idade, morto após avião cair e explodir próximo à pista do Aeroporto Internacional de Rio Branco, no Acre. O cortejo no Aeroporto Santa Marida, seguido pela sentinela no Cemitério Parque das Primaveras, aconteceu no fim da tarde deste domingo (5), em Campo Grande.

"Um irmão exemplar. Era uma pessoa maravilhosa, todo mundo gostava dele. Cláudio tinha planos de passar o Natal conosco neste ano, mas infelizmente Deus não o deixou", respondeu Antônio Mortari Filho, irmão da vítima.

Ao Campo Grande News, Antônio ficou muito abalado e chegou a chorar. Contou que não via o irmão há muitos anos, mas ressalta que sua relação familiar era especial. "Apesar da gente estar longe, mas todo dia a gente trocava mensagem. Falei com ele antes do acidente, a gente se desejou um bom domingo e tal, e daí aconteceu".

Para o irmão que mora na Capital, a perda de Cláudio é caracterizada como uma fatalidade. "Aconteceu, né? E o que a gente vai fazer? Tem que se conformar, tem que aceitar, porque não tem outro jeito. E ainda mais a situação dele, o avião pegou fogo, queimou todo mundo, né? Não tem nem jeito de o reconhecer".

De acordo com a sobrinha do piloto, a jornalista Camila Mortari, Claudio veio para Campo Grande quando tinha 10 anos de idade. “Onze irmãos vieram do interior de São Paulo e ele era um deles”.

Camila relata que os familiares estão abalados e se reuniram para enfrentar o luto juntos. "É o primeiro irmão dos onze que morre. Eles eram bem unidos".

O caso - No domingo passado, 29 de outubro, o avião que Cláudio pilotava caiu nas proximidades do aeroporto, logo após a decolagem. As autoridades confirmaram que não houve sobreviventes entre os 12 ocupantes da aeronave, que incluíam passageiros e tripulantes.

De acordo com informações do Governo do Acre, o voo era de caráter particular e operado pela empresa ART Taxi Aéreo. O destino da aeronave era o município de Envira, no estado do Amazonas.

A bordo da aeronave estavam dez passageiros, compreendendo nove adultos e uma bebê, além dos dois tripulantes, o piloto e o copiloto. Todos perderam a vida no local do acidente. Após o impacto, as chamas se alastraram rapidamente, o que dificultou o resgate das vítimas.

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