Contrato para construção de hidrelétrica de Porto Primavera termina dia 31
Área da usina engloba seis municípios de Mato Grosso do Sul
Iniciado há mais de 30 anos, o contrato entre Cesp (Companhia Energética de São Paulo) e a empreiteira Camargo Corrêa para a construção da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera tem prazo de encerramento previsto para o próximo dia 31.
A usina fica no município paulista de Rosana (SP), divisa com Mato Grosso do Sul e sobre o rio Paraná, engloba áreas de 19 municípios. São 13 de São Paulo e outros seis no Estado: Anaurilândia, Batayporã, Bataguassu, Brasilândia, Santa Rita do Pardo e Três Lagoas.
A Cesp não deu detalhes sobre quando deverá fazer nova concorrência. Por anos, a Camargo Corrêa foi a principal empreiteira contratada para a construção da usina e da eclusa de Porto Primavera, que figura entre os projetos hidrelétricos mais caros do mundo.
Orçado em R$ 1,4 bilhão, o empreendimento foi concluído com custo superior a R$ 10 bilhões. Por conta de várias paralisações das obras, até hoje, a usina não está concluída, apesar de já ter completado mais de 12 anos após o início da operação.
Ações judiciais ainda impõem à Cesp obras em vários municípios, entre eles, Anaurilândia.
A Camargo Corrêa informou que houve o "fim do escopo" do contrato, ou seja, que já concluiu as obras que foram contratadas pela Cesp para fazer.
Indenização - Recentemente, o governador André Puccinelli (PMDB) esteve em São Paulo para discutir a indenização por conta dos impactos ambientais e sociais da barragem de Porto Primavera.
São R$ 150 milhões em obras que eliminariam os efeitos nocivos causados pela barragem da hidrelétrica e o restante do valor em obras compensatórias, como a MS-040, que liga Campo Grande ao estado de São Paulo, passando pelos municípios de Santa Rita do Pardo e Brasilândia. (Com informações da Folha Online)