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Cidades

De 115 inscritos para o Mais Médicos em MS, 11 se apresentaram ao trabalho

Dado partiu do Secretaria de Estado de Saúde; médicos vão para Corumbá, Dourados, Jaraguari e Tacuru, além de atuar em um Dsei. Saída de cubanos abriu 114 vagas no Estado

Humberto Marques | 29/11/2018 18:27
Governo federal afirma que mais de 33 mil profissionais se inscreveram para o Mais Médicos a fim de substituir cubanos. (Foto: Arquivo)
Governo federal afirma que mais de 33 mil profissionais se inscreveram para o Mais Médicos a fim de substituir cubanos. (Foto: Arquivo)

As 115 vagas abertas em Mato Grosso do Sul com a saída de profissionais cubanos do programa Mais Médicos foram preenchidas e, delas, 11 candidatos se apresentaram ao trabalho, segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde às quais o Campo Grande News teve acesso. O percentual de apresentação é de 9%.

Os inscritos têm até 14 de dezembro para atender a solicitação e se apresentar às prefeituras das cidades nas quais atuarão. A saída dos médicos cubanos do programa federal representou uma perda próxima a 50% do número de profissionais que prestavam atendimento em atenção básica no país: foram cerca de 8,5 mil trabalhadores de um total de 17 mil. Em Mato Grosso do Sul, dos 219 trabalhadores do Mais Médicos, 114 eram de Cuba. Destes, ao menos oito já saíram do país.

Os 11 médicos que já se apresentaram serão distribuídos da seguinte forma: cinco em Corumbá, três em Dourados, um para Jaraguari e um para Tacuru, além de um profissional que será lotado em um Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) não confirmado.

Os intercambistas cubanos que já deixaram o país estavam em Bonito, Corumbá, Figueirão, Japorã, Pedro Gomes, Sete Quedas e Sonora. Espera-se que outros grupos deixem o Estado entre os dias 2 e 9 de dezembro seguindo a orientação do governo de Cuba, que rompeu o acordo de cooperação técnica com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) que previa o envio de médicos para o Brasil, devido a “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), direcionadas aos médicos cubanos –questionando desde sua capacidade de atendimento ao fato de que parte de seus pagamentos eram retidos pelo governo do país caribenho. Além disso, a cobrança de integrantes do futuro governo para que os profissionais passassem pelo Revalida (exame que autoriza médicos formados no exterior) também foi criticada.

Desde 2013, o Mais Médicos conta com profissionais cubanos. Em cinco anos, o programa foi responsável por aproximadamente 707 mil atendimentos em 45 municípios do Estado. As 115 vagas para Mato Grosso do Sul foram distribuídas em 46 cidades e 7 Dseis.

Publicado em 20 de novembro e prorrogado até 7 de dezembro, o edital do Mais Médicos ganhou do governo federal um limitador de vagas por município, impedindo mais inscrições se o total de postos de trabalho abertos em uma localidade forem preenchidos. Para Mato Grosso do Sul, entre vagas e inscrições, permanecia até esta quinta um deficit de 20 vagas, já que 95 médicos haviam se candidato. Hoje, a informação é que essas vagas também foram ocupadas.

Nacional – Nesta quinta-feira (26), o Ministério da Saúde informou em nota que mais da metade das vagas preenchidas no programa estão em regiões de alta vulnerabilidade. Dos 8.366 médicos aptos a se apresentarem aos municípios, 53,3% escolheram tais destinos, enquanto as periferias de capitais e regiões de metropolitanas somaram 17,3% das vagas preenchidas.

Até as 16h (de MS), 33.542 inscritos com registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) constavam no cadastro do programa, com 8,3 mil já alocados e 1.644 que já se apresentaram ou iniciaram as atividades.

Ao todo, são 18.240 vagas no programa em quatro mil municípios, para atendimentos na Atenção Básica –no ESF (Estratégia Saúde da Família). Os contratados recebem bolsa-formação de R$ 11,8 mil e ajuda de custo inicial de R$ 10 mil e R$ 30 mil para deslocamento. Eles têm habitação e alimentação custeadas pelas prefeituras.

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